Crédito da foto: Maria Letícia de Araújo Ribeiro.
Após a morte da cantora Dani Li, após sofrer complicações de uma cirurgia plástica, e da influenciadora Luana Andrade, surgiu uma discussão na internet sobre os perigos de procedimentos cirúrgicos com foco na estética.
Contudo, o risco de morte em cirurgia plástica é baixo: segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (ISAPS), a probabilidade gira em torno de 01 (um) caso de fatalidade a cada 60 mil cirurgias eletivas.
O médico-cirurgião plástico facial, André Ritzmann Torres, explica que as complicações neste tipo de cirurgia podem ser reduzidas com cuidados pré, intra e pós-operatórios.
Cuidados pré-operatórios
“O primeiro passo é garantir que o paciente esteja saudável. Para isso, é importante realizar uma bateria de exames e, se necessário, solicitar exames complementares”, cita o médico.
Além disso, ele explica que é importante que o paciente esteja em boas condições físicas, com alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos.
Cuidados intraoperatórios
Durante a cirurgia, é necessário adotar medidas para prevenir complicações, como tromboembolismo, infecção e hemorragia. Dentre essas medidas, estão:
- Uso de meia elástica e bota de compressão pneumática;
- Manta térmica e controle rigoroso da temperatura da sala;
- Equipe de anestesiologia extremamente capacitada;
- Infraestrutura hospitalar completa;
- Técnicas cirúrgicas avançadas e atualizadas;
- Tecnologias como ultrassom em caso de enxertia muscular guiada.
Cuidados pós-operatórios
O pós-operatório também é uma fase essencial para reduzir o risco de morte ou complicações.
O paciente deve seguir as orientações do cirurgião plástico à risca, incluindo medicações prescritas, retornos pós-operatórios, cuidados com curativos e hidratação e nutrição de qualidade.
“Todo e qualquer procedimento invasivo irá apresentar algum grau de risco”, afirma Torres.
“Resta a nós, profissionais, minimizar e controlá-los”, completa.
A escolha do cirurgião plástico também é fundamental para reduzir o risco de morte. O médico deve ser qualificado, experiente e utilizar produtos de qualidade.
“A principal medida é a escolha do seu médico”, alerta o médico.
“Profissional com conhecimento de teoria para indicar o melhor tratamento, usando produtos de qualidade, e de prática para realizar de maneira mais segura possível”, encerra André Ritzmann Torres.