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É possível aproveitar a Páscoa de forma saudável

Nutricionista do Órion Complex explica como fazer pratos à base de peixe e desfrutar os ovos de chocolates sem prejudicar a dieta.

Foto ilustrativa de um coelho de chocolate cercados de ovos de páscoa.

A quaresma começa na quarta-feira de cinzas e termina no sábado de aleluia, representando os 40 dias que, segundo a tradição cristã, Jesus passou no deserto antes de iniciar seu ministério público.

Neste período, muitos cristãos, especialmente católicos, praticam a penitência, a oração e o jejum (principalmente de carne vermelha) como uma preparação espiritual.

Ao longo desse período, o peixe se torna a principal proteína para muitas famílias.

Tradicionalmente tratado como um bom alimento, a nutricionista Yumi Kuramoto, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, destaca que tudo dependerá de como ele é feito.

“Embora os estudos científicos respaldem os benefícios do consumo de peixe, a qualidade nutricional da refeição também é influenciada pelo preparo e pelos acompanhamentos selecionados. Optar por métodos de cozimento saudáveis e acompanhamentos nutritivos pode maximizar os benefícios para a saúde associados ao consumo de peixe”.

Difundido no Brasil pelos portugueses, o bacalhau é um pescado muito consumido nessa época do ano e a especialista destaca as formas de preparo mais saudáveis.

“Assado, pois não requer a adição excessiva de gordura; grelhado, ao permitir que a gordura escorra durante o processo de cozimento; cozido no vapor, preserva os nutrientes e o sabor natural do peixe; estufado ou ainda como salada. Independentemente do método escolhido, lembre-se de priorizar ingredientes frescos e de alta qualidade, como o azeite de oliva extravirgem, ervas frescas e vegetais coloridos. Além disso, modere no consumo de sal, dessalgue-o muito bem, e evite adições excessivas de gordura durante o preparo”.

Volte a comer carne vermelha gradualmente

Quem guarda o jejum de carne vermelha ao longo da quaresma, nada de cair naquela churrascada no sábado de aleluia.

A nutricionista recomenda voltar a consumir o alimento com cuidado.

“Nesses casos é importante dar um pouco mais de atenção para a digestão e colaborar com ela, com uma introdução gradual. Comece com porções menores e vá aumentando para permitir que o sistema digestivo se ajuste. Opte por cortes magros como contrafilé ou patinho e evite os muito gordurosos, como picanha ou costela. Mastigue bem a carne para facilitar a digestão e reduzir o desconforto gastrointestinal. Beba bastante água durante o dia todo para auxiliar na digestão e evitar a desidratação”, explica.

Ela também lembra de não esquecer de equilibrar o prato com uma variedade de saladas, legumes grelhados e opções ricas em fibras, como feijão e cereais integrais.

Se optar por consumir álcool, faça-o com moderação e intercale com água para manter-se hidratado.

“Limite o consumo de bebidas alcoólicas, optando por alternativas mais saudáveis, como, por exemplo, água com limão ou chás gelados sem açúcar. Tenha em mente que as confraternizações possuem um objetivo muito além da comida, foque na socialização e conversas”.

Almoço e sobremesas

Imagem ilustrativa de um grupo de pessoas comemorando a Páscoa — Crédito: Canva

O almoço do domingo é outro dia onde as pessoas costumam comer em excesso nesta data comemorativa.

Contudo, a nutricionista orienta os mesmos cuidados na hora da celebração à mesa.

E, no caso, há um prato a mais para ficar atento: chocolate, ovos e sobremesas.

Não tem como falar de páscoa sem considerá-los e a especialista salienta que é possível, sim, aproveitar as gostosuras dessa época. 

“Em vez de se privar completamente, faça escolhas conscientes e opte por porções moderadas. Escolha chocolates com maior teor de cacau, que tendem a ser mais ricos em antioxidantes e têm menos açúcar. Desfrute de pequenas porções com moderação, saboreando cada mordida, apreciando o sabor e a textura. Ao receber ou comprar ovos de chocolate, compartilhe com amigos e familiares. Dividir os doces com outras pessoas não apenas reduz a quantidade de consumo individual, mas também promove momentos de convívio e socialização”.

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