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Instituto Spectra inaugura unidade em SP

ONG que presta atendimento gratuito para crianças de 2 a 6 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) inaugura unidade com simulador de sala de aula.

Foto-montagem de momentos no Instituto Spectra.

O Instituto Spectra, responsável pela realização de pesquisa e atendimento gratuito a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), vai inaugurar sua primeira unidade em São Paulo, na Vila Mariana.

Neste novo endereço, um dos diferenciais será a introdução de um simulador de sala de aula, que visa familiarizar as crianças com o ambiente escolar e promover sua inclusão e desenvolvimento acadêmico.

A cerimônia de inauguração da unidade na capital ocorrerá no dia 3 de agosto, das 10h às 14h, na rua Colônia da Glória, 548, e contará com a presença de profissionais da área e empresas parceiras.

Fundado em 2018, o Instituto Spectra já possui atendimento em Campinas e é reconhecido pelo atendimento gratuito conhecido como “intervenção precoce”, isto é, para um público de 2 a 6 anos com TEA.

Segundo Renata Michel, presidente do instituto, a intervenção precoce pode ter um impacto significativo no desenvolvimento de crianças com autismo.

“O estímulo de habilidades pré-requisitos como comunicação, comportamentos sociais e habilidades cognitivas aumenta a possibilidade de aprendizado, melhorando assim suas habilidades de vida e os resultados a longo prazo”, diz.

Renata, que trocou a carreira em Direito pela Análise do Comportamento, conta que o Instituto Spectra é um projeto totalmente financiado por doações.

“A nova unidade em São Paulo é uma conquista estratégica para ampliar o atendimento às famílias que não dispõe de recursos para o arcar com o tratamento, além de aproximar o instituto das universidades, facilitando pesquisas e inovações na área”, acrescenta.

O foco principal do Instituto Spectra é a inclusão social e o desenvolvimento de pessoas com TEA.

O simulador de sala de aula é um exemplo dessa abordagem inovadora, permitindo que as crianças se adaptem ao ambiente acadêmico de forma gradual e eficaz.

Outra novidade é o fato de o Spectra estar conduzindo, atualmente, uma pesquisa sobre a expressão de dor física em crianças com TEA e, para isso, busca a participação de pais ou cuidadores voluntários que concordem em preencher um questionário sobre o tema.

A abordagem utilizada no Spectra é a intervenção em ABA (Análise do Comportamento Aplicada).

Trata-se de uma metodologia de ensino baseada na ciência da aprendizagem de comportamentos.

Ela envolve a aplicação de princípios de comportamento para ensinar habilidades novas e melhorar comportamentos sociais e de comunicação.

Por meio de uma intervenção personalizada, seu objetivo é atender às necessidades individuais de cada criança, ajudando-as a adquirir novas habilidades e a reduzir comportamentos desafiadores.

Além das unidades físicas, o Spectra leva a intervenção ABA a outras regiões do país por meio do projeto ABA Sem Fronteiras, o qual capacitou 50 profissionais da educação e saúde e 10 pais e cuidadores em Caicó–RS, promovendo a inclusão de crianças com TEA.

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