O artista plástico carioca Caio Truci apresenta a exposição Àwúre, que, em yorubá, significa o ato de pedirmos a benção, retratando os orixás de diversas maneiras e fazendo o espectador se conectar à sua ancestralidade, com curadoria de Carlos Bertão, produção de EntreArte Consultoria e design expográfico/iluminação de Alê Teixeira, no Centro Cultural Correios RJ, a partir de 07 de março.
Nesta mostra, o artista apresenta obras de diversas dimensões em óleo sobre tela e óleo sobre papel.
Para Caio Truci, a ancestralidade é a semente plantada pelos avós que está sendo colhida pelos netos, sendo mais do que saber de onde vieram seus antepassados.
É como redescobrir a identidade deturpada durante anos de história e que nos fizeram construir uma visão perdida de quem nós somos.
Àwúre é o resgate de um tempo marcado por luta, opressão e fé de um povo escravizado, trazendo o que ficou de mais valioso dessa herança, a fé e a religiosidade, mediante figuras importantes da formação dessa sociedade “pós-escravidão” e personalidades marcadas por dedicar a vida ao culto da fé e dos orixás.
O artista representa os próprios orixás de maneiras diversas.
E no processo de criação mescla o passado e os orixás, já contemporâneos, no qual compõem um diálogo com o mundo em que vivemos.
A partir de então, olhe para trás, peça licença e siga em frente, pois a arte que verá de agora em diante já viveu entre nós e viverá após nós.