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Curta-metragem Amarela ganha primeiro trailer oficial

Filme foi selecionado entre 4420 inscritos para a Competição Oficial do 77º Festival de Cannes, onde é o único representante da América Latina na categoria.

Cena do curta-metragem Amarela.

O curta-metragem Amarela, escrito e dirigido por André Hayato Saito e produzido por Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad, MyMama Entertainment, ganhou o seu trailer oficial.

Produzido por uma equipe majoritariamente brasileira com ascendência asiática, Amarela (confira trailer mais abaixo) marca a estreia nas telas da jovem protagonista nipo-brasileira Melissa Uehara.

O filme tem produção de Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad, coprodução de André Hayato Saito e Tati Wan, direção de fotografia de Hélcio Alemão Nagamine, direção de arte de Luana Kawamura Demange, montagem de Caroline Leone, elenco por Gy Ogata, figurino de Yuri Kobayashi, trilha sonora original de Dudu Tsuda e Lilian Nakahodo, produção executiva de João da Terra, direção de produção de Toti Higashi e produtores associados Fernanda Takai, Rodrigo Pasianotto, Jacqueline Sato e Ilda Santiago.

Amarela é a terceira parte da trilogia de curtas da MyMama com o Saito que investiga sua ancestralidade japonesaa partir de um olhar autoral e íntimo.

Tal busca identitária iniciou-se com o curta-metragem Kokoro to Kokoro, que abordou os laços de amizade entre sua avó paterna e sua melhor amiga japonesa.

O filme foi eleito melhor documentário de curta-metragem no Roma Short Film Festival, sendo exibido também em importantes festivais como o 40º Festival Internacional do Uruguai, o 24º Festival Internacional do Rio de Janeiro, o Tokyo International Film Festival (onde ganhou Menção Honrosa), o Hollywood Brazilian Film Festival e a Mostra Internacional de Cinema Atlântico.

A trilogia seguiu com Vento Dourado, obra que tem como personagem principal sua avó materna, Haruko Hirata, que aos 94 anos se encontra no limiar do existir.

O cineasta explora a relação entre as gerações em um ensaio sobre a morte e a convivência íntima da matriarca com sua filha Sumiko, sua cuidadora por 18 anos.

O curta fez sua estreia em abril deste ano no histórico 46º Festival Internacional de Cinema de Moscou e terá sua estreia europeia no 31º Sheffield DocFest, que acontece em junho de 2024.

Todos os filmes são produzidos pela MyMama Entertainment.

Amarela será o ponto de partida para o primeiro longa-metragem do diretor, Crisântemo Amarelo, projeto que sintetiza a trilogia que foi selecionado para o Torino FeatureLab 2024, programa que seleciona projetos em avançado estágio de desenvolvimento e se destina a duplas de direção/produção para participação em três workshops durante um semestre.

O curta-metragem Amarela está concorrendo à Palma de Ouro no 77º Festival de Cannes e foi selecionado entre mais de 4420 obras inscritas para disputa do prêmio máximo do festival, com outras dez produções.

Ele foi o único filme latino-americano na categoria.

“Sempre me senti japonês demais para ser brasileiro e brasileiro demais para ser japonês. A busca por uma identidade que habita o entrelugar se tornou a parte mais sólida de quem eu sou. Amarela é uma ferida aberta não só do povo nipo-brasileiro, mas de todos os filhos das diásporas ao redor do globo que se conectam a esse sentimento de serem estrangeiros no próprio país. Erika, a protagonista, representa o desejo de encontrar nosso lugar no mundo”, comenta André Hayato Saito, roteirista e diretor do filme.

Amarela traz uma perspectiva linda e forte para o cinema, que fala sobre pertencimento e identidade enquanto demonstra o poder da coletividade, que abraça. Um cinema que faz parte da curadoria da MyMama, de realizar filmes com propósito, vozes e talentos diferentes e com representatividade, neste caso representando a visão sobre os imigrantes asiáticos no Brasil e no mundo e as diferenças entre identidades e culturas que coexistem em nosso território”, explica Mayra Faour Auad, da MyMama Entertainment, produtora dos filmes.

A Palma de Ouro de Curta-Metragem será entregue pelo júri presidido pela atriz belga Lubna Azabal, no sábado, 25 de maio, durante a cerimônia de encerramento do 77º Festival de Cannes.

Sinopse do curta

Crédito: Divulgação

São Paulo, julho de 1998.

No dia da final da Copa do Mundo contra a França, Erika Oguihara (Melissa Uehara), de 14 anos, uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país.

Em meio a tensão que progride durante a partida, Erika sofre com uma violência que parece invisível e adentra em um mar doloroso de sentimentos.

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