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Como se proteger de stalkers e criminosos digitais?

Especialista da Akamai alerta sobre como stalkers e criminosos digitais usam dados pessoais e dá dicas essenciais para se proteger online.

Imagem ilustrativa de uma pessoa com máscara usando computador.

O sucesso da minissérie Bebê Rena, da Netflix, trouxe à tona discussões envolvendo a perseguição online, stalking e privacidade.

Ainda que a personagem Martha (Jessica Gunning) persiga o protagonista Donny (Richard Gadd) apenas no mundo real, casos assim também podem acontecer com frequência assustadora no mundo online.

O perigo é que, muitas vezes, não nos damos conta que informações particulares estão sendo expostas na internet, seja em postagens online ou aplicativos de mensagens.

Para um stalker, detalhes podem revelar informações importantes para um stalker.

“Publicações em redes sociais ou comentários sobre atividades diárias em uma conversa podem revelar informações de sua rotina diária ou costumes, que podem levar aos casos de perseguição contra as pessoas, seus amigos, cônjuges ou familiares”, comenta Helder Ferrão, especialista em cibersegurança e Gerente de Marketing para as Indústrias da Akamai na América Latina.

O risco é ainda maior quando falamos de bandidos, que podem usar informações vazadas por terceiros ou até pelas próprias vítimas na realização de golpes cibernéticos.

“Roubos de identidade podem atingir também familiares e cônjuges, enquanto crimes financeiros acabam levando a prejuízos significativos”, completa Ferrão.

Pensando nisso, o especialista preparou seis dicas que podem ajudar as pessoas a se protegerem contra crimes digitais e casos de perseguição online envolvendo informações públicas obtidas a partir de aplicativos ou de redes sociais.

É importante ficar atento, ainda, aos dispositivos, que devem ser protegidos de maneira adequada:

Cuidado com publicações em redes sociais

Crédito: Getty Images

Postagens com aspecto inocente podem revelar informações importantes para stalkers.

Tome cuidado, por exemplo, com elementos do ambiente, que aparecem ao fundo de uma publicação, ou comentários que revelem detalhes sobre a própria vida pessoal e possam ser acessados publicamente.

Uma foto inocente, com uma janela ao fundo, pode ser usada por um perseguidor para descobrir onde uma pessoa mora.

Aquela foto com o crachá no happy hour pode revelar seu local de trabalho, sem falar nas imagens dos filhos trajando uniformes escolares.

O ideal é manter tais informações em sigilo, para evitar perseguições.

Golpes de phishing

Crédito: Getty Images

É importante, também, ficar atento às mensagens fraudulentas que podem chegar, principalmente, por e-mail ou WhatsApp.

“Sabendo onde você trabalha, os criminosos podem se passar por superiores ou colegas, solicitando informações sensíveis”, aponta Ferrão.

É assim que acontece o roubo de identidade.

De posse dos dados, os bandidos podem criar contas falsas ou realizar transações financeiras em nome das vítimas, além de tentar invadir sistemas internos, gerando prejuízos individuais ou para a empresa. 

Desconfie de pedidos de amizade desconhecidos

Crédito: Getty Images

As redes sociais são públicas e, se o usuário quiser, pode controlar ou não quem acessa suas informações.

Mesmo quando a opção é feita por um perfil aberto, porém, é importante ficar de olho em novos seguidores ou conversas iniciadas por quem acabou de chegar, principalmente se envolverem a curiosidade por detalhes cotidianos ou, principalmente, fotos íntimas.

“Perseguidores podem usar fakes para se aproximarem das vítimas mesmo que já tenham sido bloqueados. Da mesma forma, cibercriminosos aproveitam tais detalhes para incrementar golpes de phishing ou tentativas de extorsão. Caso um desconhecido tente se aproximar muito rapidamente, desconfie”, alerta o especialista da Akamai.

Atenção aos golpes que usam inteligência artificial

A tecnologia do momento, claro, também está sendo usada pelos cibercriminosos.

IAs de clonagem de voz podem usar apenas alguns segundos de um vídeo para criar uma réplica do tom e estilo de fala das vítimas, com o modelo sendo usado em ataques de phishing.

Em uma prática que se tornou comum até mesmo no Brasil, bandidos ligam para parentes, principalmente idosos, com pedidos urgentes de dinheiro.

Para os pais e avós, a voz semelhante pode enganar facilmente, levando a transferências de dinheiro que vão diretamente para as contas dos golpistas.

Não deixe o celular desatendido

A perseguição, muitas vezes, pode vir de onde menos se espera.

Os chamados stalkerwares são pragas virtuais que podem ser instaladas nos celulares de terceiros para roubar conversas, dados de localização, imagens e até mesmo ligar o microfone ou a câmera sem que o usuário saiba disso.

“Os malwares se disfarçam como processos do sistema operacional Android e podem ser instalados em minutos, caso o stalker tenha acesso ao celular desbloqueado”, complementa Ferrão.

Por isso, é importante ficar atento e nunca perder o smartphone de vista, usando sistemas de proteção biométrica e não compartilhando códigos de acesso com terceiros.

Use senhas fortes e boas práticas de segurança

Crédito: Getty Images

Como é de praxe quando se fala de proteção digital, o ideal é sempre usar senhas complexas e únicas, que não se repitam em diferentes serviços nem sejam fáceis de adivinhar.

Nada de usar o nome do cachorro ou a data do aniversário para acessar o e-mail, já que, como dito, tais dados podem ser facilmente obtidos a partir de publicações em redes sociais.

Vale a pena, também, manter smartphones e computadores sempre atualizados.

Usar soluções de segurança também ajuda na detecção de e-mails fraudulentos e pode impedir a instalação de stalkerwares e outras pragas digitais, auxiliando mesmo nos casos em que a falta de atenção levar ao clique em um link fraudulento.

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