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Andreia Caires revela a jornada literária de uma borboleta

Escritora e criadora do Sarau Poético Borboleta Azul, Andreia Caires compartilha sua trajetória literária e artística, além do poder transformador da arte.

Foto da escritora e entrevistada do dia.

Andreia Caires Rodrigues nasceu em São Paulo, Brasil.

Escreve desde a sua adolescência e sempre participava de concursos literários.

Em 2013 a autora escreve seu primeiro livro intitulado O Diário da Borboleta Azul (baseado em suas próprias vivências).

Anos depois, em 2017, escreve As Sementes Que Plantei, uma alusão sobre o plantar e colher, a Lei da semeadura e a Parábola do semeador baseada na Bíblia sagrada e em um provérbio mexicano.

Em julho de 2019, Andreia é convidada a ingressar na Academia Independente de Letras de Pernambuco (AIL) e, no mesmo ano, ganha o segundo lugar com o poema Primavera da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba Grande (AACLIG).

Participou ainda de algumas antologias da editora Apena e em 2020 escreveu o livro Bichos em Poemas que trata de forma lúdica, com poemas e seus próprios relatos, sobre a conscientização animal.

Dois anos depois é convidada para ser colunista do Jornal Rol de Literatura e ingressar na Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB).

Em junho de 2023, Caires ingressa na Academia Internacional de Ciências, Letras e Artes de Brasília (AICLAB).

Também é autora do livro O Barulho do Rio.

Atualmente escreve um quinto livro e realiza lives literárias no canal Sarau Poético Digital Borboleta Azul, onde procura incentivar a leitura e a escrita, unindo pessoas no amor e amizade.

E nesta entrevista Andreia Caires comenta sobre o canal, sua importância e, é claro, sua carreira como escritora.

Victor Hugo Cavalcante: Primeiro, agradecemos por nos conceder essa entrevista e gostaríamos de perguntar: O canal Sarau Poético Digital Borboleta Azul tem um forte propósito de incentivo à leitura e à escrita. Como surgiu a ideia do canal e qual tem sido o impacto dessa iniciativa na sua vida e na vida dos espectadores?

Andreia Caires: Eu que agradeço ao Jornal Folk e, para mim é uma honra conceder essa entrevista, pois sei que se trata de um jornal sério e de credibilidade.

Sinceramente até hoje eu não sei como surgiu o canal Sarau Poético Borboleta Azul.

Um belo dia eu simplesmente acordei e falei: “Preciso criar um canal no YouTube”.

Mas não sabia o que seria.

Apenas que seria alguma coisa relacionada a arte.

Então, como eu participei de algumas lives de entrevistas e as pessoas gostaram, acabei criando um sarau digital, onde todos pudessem participar e mostrar sua arte, sua música, poesia, etc.

Só que faltava um nome para o sarau.

Fiz uma extensa pesquisa sobre nomes culturais e não me decidi por nenhum.

Até que olhei a capa do meu primeiro livro (O Diário da Borboleta Azul) e não tive dúvidas em colocar: Sarau Poético Borboleta Azul, além, claro, de ter essa proximidade com as borboletas.

Graças a Deus que, apesar de ainda ser um canal novo, as pessoas estejam gostando dos vídeos.

Victor Hugo Cavalcante: A borboleta-azul é um símbolo poderoso de liberdade e transformação. Como esse conceito influencia sua escrita e os temas que você aborda em seus livros e vídeos?

Quando escrevi O Diário da Borboleta Azul eu não pensava nisso.

Eu apenas escrevi um livro porque precisava desabafar minhas lutas, aprendizados e ciclos que precisava fechar para voltar a viver.

Sempre gostei de escrever e tive durante toda vida diários.

Então resolvi escrever impulsionada também por uma amiga terapeuta e assim, fiz.

Não tenho a borboleta-azul como um amuleto, por exemplo, mas a tenho como experiência.

Tive uma experiência pessoal e real com a borboleta-azul que me fez admirar cada vez mais a transformação desses seres.

Acabei transmutando essas experiências para minha vida pessoal e literária desde então.

Victor Hugo Cavalcante: Você já publicou quatro livros e tem um quinto em andamento. Como sua experiência como escritora evoluiu ao longo do tempo e de que forma suas obras refletem essa jornada?

Depois do primeiro livro, claro que mudei e muito ou não continuaria escrevendo.

Eu falo de verdades em meus livros e O Diário é baseado em verdades vividas.

São crônicas sobre mim mesma.

O segundo livro As Sementes Que Plantei não foi diferente.

A única diferença de uma escrita para outra é a maturidade.

Aprende-se com os tombos, nos tornamos mais críticos com as palavras.

Não é ruim ser assim, é ser responsável, apenas, e a cada livro é natural mudar, aprender novas coisas.

Como humana vivo em constante metamorfose. 

Victor Hugo Cavalcante: Seu primeiro livro, O Diário da Borboleta Azul, deu origem ao sarau que você ministra no YouTube. Como foi essa transição da literatura escrita para a produção de conteúdo digital e quais desafios você enfrentou nesse processo?

Produzir esses conteúdos acabou sendo que por uma necessidade.

Em mostrar meu trabalho, expandir, ser notada é claro.

Não dá para parar no tempo e achar que sou uma nova Cecília Meireles ou alguma Clarice Lispector e esperar que vão bater na minha porta e publicarem todos os meus livros.

Eu tenho consciência dos degraus a subir e que tenho que trabalhar duro para isso.

Depois do primeiro livro acordei para essa realidade de que vida de escritor não é glamour.

Então, já que tenho que trabalhar bastante, resolvi que meu trabalho seria leve e agradável, como são as borboletas.

Daí casei as duas coisas: os livros com os conteúdos digitais.

Victor Hugo Cavalcante: Além do canal e dos livros, você faz parte de diversas academias literárias. De que maneira essas experiências contribuíram para sua carreira e qual conselho você daria para escritores que desejam expandir sua presença no meio literário?

Estar em uma academia de letras é ótimo para um escritor iniciante e também para os não tão iniciantes.

Conhecemos pessoas com os mesmos gostos e objetivos em comum.

Quando fui chamada para ingressar na Academia Independente de Letras (AIL), por exemplo, eu fiquei tão feliz que as ideias para um novo livro fluíam rapidamente.

Aquilo me incentivou mais e mais a escrever e ainda me incentiva.

Acho que sempre será um ótimo começo para quem quer expandir sua escrita.

As antologias e coletâneas agregam nosso currículo e nos dão direção.

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