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15ª Grande Exposição de Arte Bunkyo bate recordes de público, artistas e obras

Em cartaz durante duas semanas, foram 3.457 visitas registradas no livro, vindas de 31 diferentes países e 100% de críticas positivas, confirmando que, esta, foi uma edição marcada pela quebra de recordes e de retomada de seu espaço como um dos salões de arte mais importantes do país.

A 15ª Grande Exposição de Arte Bunkyo encerrou sua temporada no último domingo, dia 22 de outubro, após duas semanas superando expectativas de público, artistas, obras e repercussão no mundo da arte.

Esta edição contou com 220 artistas selecionados e 368 obras expostas, que receberam a visitação registrada em livro de 3.457 pessoas vindas de 31 países.

Com estes números, recordes foram quebrados e o evento deu início a uma retomada do reconhecimento como um dos salões de artes mais importantes do país e de onde surgem grandes artistas e inspirações que ditam a estética da arte e do design brasileiros.

Este ano, pela primeira vez, considerando suas três fases históricas, a 15ª Grande Exposição de Arte Bunkyo tem o patrocínio do Governo do Estado de São Paulo por meio do ProAC na classificação de etnia amarela.

Uma conquista de Hiro Kai, artista visual, produtor e coordenador de montagem que desde que chegou ao Brasil, m 1962, se tornou um dos mais importantes agitadores culturais e agentes de transformação das artes plásticas do país.

Os resultados representam um número de visitantes 75% maiores que do ano passado.

Além disso, em 2022, foram recebidas inscrições de 1.136 obras de 416 artistas, e uma seleção final para a exposição de 279 obras de 147 artistas.

Este ano, foram 1.469 obras de 599 artistas que atenderam ao chamado do edital, dos quais o salão expôs 368 peças de artes plásticas e arte koguei de 220 autores.

Enock Sacramento, seu curador, afirma:

“Ao apresentar a mostra no belo catálogo que a documenta, enfatizamos que a 15ª Grande Exposição de Arte Bunkyo é desdobramento de uma ação que se iniciou em 1935, com a criação do Grupo Seibi, de grande importância para a arte moderna brasileira. Ela mostra que a chama dos pioneiros continua acesa, embora em outro contexto. Nesta edição, trabalhamos com a ideia de uma exposição democrática inclusiva e gratuita, alinhada com as tendências da sociedade contemporânea”.

Evento continua no ambiente digital

Além da visitação presencial, a mostra também disponibilizou a possibilidade de visitação virtual pela internet.

E, apesar do encerramento da exposição presencial, no ambiente digital ela continua.

“Com a tecnologia, pudemos entrar para um grupo de grandes mostras do mundo que disponibilizam seu acervo para visitas à distância pela internet, alcançando um número ainda maior de pessoas e democratizando o acesso e o conhecimento da arte contemporânea brasileira”, destaca Hiro Kai.

O desafio da multiplicação do conhecimento citado por Hiro também foi algo presente na visitação presencial.

Por isso, o projeto contemplou algumas visitas guiadas e a contratação de estagiários remunerados dos cursos superiores de artes, estimulando, assim, a formação e a valorização dos profissionais desse mercado.

Do Grupo Seibi à união das artes brasileira e japonesa

Os organizadores da 15ª Grande Exposição de Arte Bunkyo também assumiram outro propósito muito importante, a busca da contemporaneidade ao mesmo tempo que resgata sua história e o intento de um grupo de artistas que, em 1935, fundou o Grupo de Artistas Plásticos de São Paulo (Seibi-Kai), mais conhecido como Grupo Seibi.

O coletivo, que promovia o intercâmbio de opiniões e conhecimento entre os artistas, realizou seu primeiro salão de arte em 1938.

“Quando retomamos essa trajetória, é importante destacar que apesar de tudo ter começado com a união de artistas imigrantes ou de ascendência japonesa, eles discutiam e influenciavam fortemente a arte do Brasil no século XX. O Seibi apresentou ao mundo nomes como Tomie Ohtake e Manabu Mabe que, apesar do sobrenome nipônico, criaram uma linguagem estética conhecida como tipicamente brasileira e que ditou o caminho de muitos outros que passaram por ali”, destaca o artista plástico Marcos Akasaki, presidente da Comissão de Artes Plásticas do Bunkyo.

Foram 15 salões de arte com um hiato durante a 2ª Guerra Mundial.

Então, o grupo se desfez e, em 1972, em seu lugar nasce o Salão Bunkyo de Artes Plásticas, que contou com 33 exposições, até que, em 2007, acontece uma conexão do coletivo com artes originárias do Japão.

Durante as preparações para a celebração do centenário da imigração japonesa no Brasil, o evento se une ao Salão de Arte Koguei em uma única mostra e nasce a 1ª Grande Exposição de Arte Bunkyo.

A realização do processo seletivo, premiação e a mostra da 15ª Grande Exposição de Arte Bunkyo foi viabilizada pelo ProAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo de Estado de São Paulo, por meio do edital ProAC Expresso n.º 34/2022 e por outros patrocinadores.

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