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Super-herói percorre SP para combater ao crime em livro

Com direitos vendidos para uma adaptação cinematográfica, a série de livros O Cidadão Incomum atravessa temas como excesso de poder e desigualdades sociais.

Capa do livro O Cidadão Incomum escrito por Pedro Ivo.

Caliel é como qualquer outro jovem brasileiro de classe média: solitário e imaturo, sonha em se sustentar do teatro enquanto faz bicos para complementar a renda.

Nascido em São Paulo, vive em meio a desigualdades e violências de uma metrópole, ao passo que tem os próprios problemas sobre futuro, autoestima e relacionamentos.

Mas a diferença do personagem para um homem de 20 e poucos anos é que ele desenvolve poderes sobrenaturais e dá início à jornada descrita na série de livros O Cidadão Incomum, de Pedro Ivo.

De repente, o adulto que ainda estava no processo de encontrar um rumo para a vida precisa repensar todas as experiências após conseguir voar e alterar as dimensões do tempo.

Caliel conta com o apoio do amigo Eder, encarregado de ajudá-lo a entender as causas dos superpoderes e de acompanhá-lo nas novas aventuras.

Entretanto, as habilidades especiais, além de serem uma forma de criar impacto positivo na sociedade, também agravam os conflitos pessoais do protagonista e causam tragédias.

Para um verdadeiro amadurecimento, o herói entra em contato com mundos que antes lhe pareciam muito distantes.

Conhece um homem invisível que ajuda pessoas em situação de rua na Cracolândia; salva uma garota vítima de abuso; rivaliza com um super-herói trans capaz de distorcer a realidade; confronta ricos e influentes que querem dominar o país; e descobre um estranho envolvimento de uma grande empresa responsável pela exploração da Amazônia.

Escrita em primeira pessoa e repleta de ilustrações, a obra conversa diretamente com o leitor para mostrar que os verdadeiros vilões estão no cotidiano.

A partir disso, o escritor apresenta um jovem que se vê diante de um Brasil brutal e injusto, mas, ao tentar ajudar, piora o contexto.

“Caliel brinca de super-herói, mas comete um erro gravíssimo, que o faz tomar decisões ainda mais erradas. Eu uso esse recurso para falar sobre um homem adulto que optou por não crescer e se isola nessas fantasias de justiça. É uma crítica às próprias histórias de heróis e também aos leitores que se recusam a viver o mundo real”, explica o autor.

Complexa e cheia de reviravoltas, a trajetória de Caliel não está perto de acabar.

O Cidadão Incomum vai ganhar uma HQ em abril, publicada pela Conrad.

A série literária também está sendo adaptada para os cinemas, pela O2 Filmes, com Fernando Meirelles na produção, Marcus Alqueres na direção, Pedro Ivo no roteiro e Gabriel Leone no papel principal.

Além disso, o universo se expande com o spin-off focado em Tito, o primeiro super-herói trans do Brasil.

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