Nos anos 1800, mulheres como Helena, Nataly e Marshala jamais teriam o que desejavam.
Para a população londrina da época, elas deveriam ser apenas boas esposas e mães, que pertenciam a seus pais ou maridos. Inconformadas com tudo o que a sociedade machista as havia feito passar, as histórias das três personagens na trilogia Deusas de Londresse conectam pelo mesmo objetivo: o desejo de vingança.
Nesta série literária publicada pela The GiltBox Editora, a escritora e psicóloga Paula Toyneti Benalia mergulha nos desejos humanos e mostra que o amor e o ódio podem estar mais próximos do que qualquer pessoa jamais imaginou.
Ao mesmo tempo que vivem grandes amores, as protagonistas transformam as próprias tragédias em força para lutar contra o patriarcado.
Inspiradas em Hemera, deusa da luz e do dia, Afrodite, divindade da beleza e do amor e, Héstia, deusa do fogo, as personagens são mulheres à frente de seu tempo.
Diferente das damas da época, Helena, protagonista de O dia em que te amei (confira amostra abaixo), faz questão de causar escândalos e tem como diversão destruir a reputação do marido, o respeitado Duque de Misternham, que a escolheu justamente por esse motivo, para se vingar da própria família, por rejeitarem e maltratarem a irmã mais velha anos atrás.
Nataly, personagem principal do segundo volume, O dia em que te toquei, encontra em um conde endividado a oportunidade perfeita para realizar um casamento por conveniência, com objetivo de conseguir um novo bode expiatório e esconder que é a verdadeira dona do mais famoso clube de jogos e prostituição de Londres.
Já Marshala, que protagoniza O Dia em que te Beijei vive em constante confronto com os traumas do passado. Foi despejada pela família, abandonada no altar, e a fizeram mudar até o próprio nome, mas agora, a modista será confrontada por uma antiga paixão.
Amor e ódio, afeto e vingança são sentimentos que regem o envolvente e instigante enredo de Paula Toyneti Benalia.
Com dez livros publicados, a autora mescla a narração entre os personagens, que descrevem em primeira pessoa acontecimentos, ações, pensamentos e diálogos.
Todos, sempre pontuados por reflexões sobre os “nãos” que as mulheres precisam encarar e as insurgem com uma força interior capaz de superar os obstáculos mais duros impostos pela sociedade.