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Neuropedagoga explica diferenças entre TOD e Borderline

Segundo a diretora do Grupo Rhema Neuroeducação, Mara Duarte, profissionais precisam saber identificar os transtornos para saber como agir na prática.

Foto da neuropedagoga e diretora do Grupo Rhema Neuroeducação Mara Duarte.

Pessoas diagnosticadas com o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) e Transtorno de Personalidade Borderline, de forma geral, têm comportamentos parecidos.

Elas costumam apresentar irritabilidade, tendência a discussões, medo de abandono e insatisfação consigo próprias.

Porém, saber identificar cada transtorno e suas particularidades é essencial para estabelecer um bom convívio em casa e em sala de aula e, no caso dos profissionais de educação, para poder adotar ações práticas que ajudem no aprendizado.

Segundo Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional, além de diretora do Grupo Rhema Neuroeducação, é comum que os profissionais de educação se confundam com características dos transtornos, mas é preciso conhecerem as diferenças para poder agir de forma mais assertiva.

“Como agentes de transformação, é importante que eles saibam identificar as diferenças entre TOD e Borderline. Dessa forma, poderão colocar em prática estratégias que ajudem a lidar melhor com as crianças, estimulando-as a aprender da forma mais adequada”, afirma.

No caso de TOD, a especialista explica que se tratam de pessoas que tendem a se opor e desafiar constantemente.

“O TOD se manifesta na infância e adolescência e seu padrão de comportamento é hostil e desafiador, voltado para figuras de autoridade como pais e professores”, explica, ressaltando que o portador da síndrome costuma ter dificuldade em seguir regras.

“Lembre-se que, por se tratar de uma pessoa em desenvolvimento, o próprio transtorno causa angústia pela exclusão social devido ao seu comportamento. Por isso, em caso de suspeita, é preciso levar a criança para ser corretamente diagnosticada por um neurologista infantil ou psiquiatra. E, além disso, quanto mais conhecimento o profissional de educação tiver, mais ele conseguirá recorrer a metodologias e estratégias para lidar melhor com cada caso”, orienta.

Mara explica que o profissional precisa saber como dar ordens à criança com perfil muito desafiador.

“É preciso ser claro e objetivo, mas nunca com agressividade. Fale com o portador de TOD procurando convencê-lo e assumindo uma postura de liderança”, sugere.

Com relação ao Borderline, a diretora do Grupo Rhema Neuroeducação afirma que se trata de um transtorno marcado pela oscilação de comportamento e emoção.

“Quem possui costuma ter flutuações extremas de humor que atrapalham os estudos, trabalho e relações pessoais; e as causas podem incluir fatores genéticos, traumas, ambientes e disfunções neurobiológicas”, explica.

Segundo Mara, o portador de Borderline normalmente tem problemas com a autoimagem, é impulsivo, tem dificuldade para confiar e pode ser agressivo.

“Assim como o TOD e outros transtornos, o Borderline pode levar a pessoa a ter ansiedade e depressão. Portanto, é necessário o diagnóstico do psiquiatra e acompanhamento psicológico”, ressalta.

De forma prática, o profissional que lida com alguém com Borderline precisa demonstrar empatia e ser claro na comunicação.

“Ele não deve usar palavras de acusação e nem contribuir para ataques de fúria da criança” finaliza.

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