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Considerado um dos principais nomes da literatura contemporânea, Javier Cercas retorna às livrarias brasileiras com a obra Independência, aguardada sequência da série policial Terra Alta, vencedora do Prêmio Planeta em 2019, uma das mais prestigiadas premiações literárias do mundo, e aclamada pelo público e pela crítica.
Protagonizado pelo personagem Melchor Marín, o romance é um retrato contundente das engrenagens ocultas do poder, da corrupção institucional e da busca incansável por justiça.
Inspirado no policial anônimo que executou quatro terroristas responsáveis por um ataque a Barcelona em 2017, Cercas criou o protagonista da série.
Com um passado difícil e uma lenda entre os colegas de corporação, Melchor é transferido para o interior e passa a viver em um pequeno vilarejo no sul da Catalunha.
Quando ele é chamado de volta a Barcelona para investigar um caso explosivo de uma chantagem com um vídeo íntimo da prefeita da cidade, o ex-policial precisa enfrentar o peso de nunca ter encontrado os assassinos da própria mãe.
Ainda assim, a integridade moral e o senso inflexível de justiça de Marín o impulsionam a mergulhar nos círculos mais sombrios do poder político e econômico.
O que parece apenas uma extorsão financeira esconde algo muito mais perigoso: uma tentativa de desestabilização institucional.
Nesse cenário marcado por cinismo, ambição sem escrúpulos e brutalidade corrupta, Melchor enfrentará os próprios fantasmas e os verdadeiros donos do sistema, revelando as relações entre política e dinheiro.
Ainda que em um contexto ficcional, a narrativa percorre como pano de fundo a situação catalã, tecendo críticas e reflexões sobre as dinâmicas de poder e a tirania das elites econômicas.
Javier Cercas traz uma abordagem multifacetada do conceito de independência, entrelaçando questões como a soberania territorial, a liberdade concedida pelo dinheiro e a importância da autonomia, construindo um romance devastador sobre vingança, poder e resistência.
Com uma narrativa ágil, sofisticada e carregada de tensão moral, Independência se estabelece como um thriller político que carrega ecos modernos de clássicos do gênero noir e um grito furioso contra a tirania dos que se julgam acima de tudo e de todos.
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