Por 30 dias, a zona leste de São Paulo se torna vitrine de arte, resistência e afeto com a Feira Cultural Promovendo a Diversidade: Um Enfoque Interseccional nas Causas LGBTQIA+, realizada na Casa de Cultura Municipal Hip Hop Leste.
Mais de 220 artistas LGBTQIA+ ocuparão o espaço com poesia, música, performance e muita representatividade.
Desde o primeiro dia de abril, a periferia pulsa com novas cores e narrativas.
A Casa de Cultura Municipal Hip Hop Leste se transformou num centro vibrante de vivência, reflexão e celebração da pluralidade de existências LGBTQIA+, tudo isso sob uma lente interseccional, que considera questões de raça, classe, gênero e território.
A organização é da Identidade Periférica, coletivo com trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos nas margens da cidade.
O objetivo da feira vai além do entretenimento: é construir um espaço seguro, de acolhimento e fortalecimento para quem vive na intersecção de múltiplas vulnerabilidades.
“A gente não quer só palco, quer mudança. E mudança começa quando nos enxergam e somos ouvidos”, diz Jal Moreno, idealizador do projeto.
A programação está intensa: seis apresentações diárias com nomes potentes da cena LGBTQIA+, incluindo artistas renomados da cena musical do Brasil como Valesca Popozuda, House of Cabal, Tasha e Tracie, Irmãs de Pau e mais.
Além das artes, rolam rodas de conversa, oficinas e debates sobre temas como políticas públicas, saúde e memória LGBTQIA+.
A entrada é gratuita e a acessibilidade é prioridade, com Libras, audiodescrição e espaços seguros para todas as identidades.
O projeto também tem o apoio de emenda parlamentar do deputado Felipe Becari.