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Evaristo Costa explica sobre doença de Crohn no Instagram

Saiba mais sobre as doenças inflamatórias intestinais que atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo, tal como o jornalista.

Foto retirada do Instagram do jornalista Evaristo Costa.

Na última sexta-feira, dia 1º, o jornalista Evaristo Costa compartilhou uma atualização sobre sua condição de saúde.

Por meio de uma caixinha de perguntas e respostas no Instagram, ele detalhou o seu diagnóstico de Doença de Crohn e contou aos seguidores como tem sido o tratamento.

“Está tudo bem agora! Ainda estou tomando corticoide para depois entrar no tratamento específico. Ainda estou passando por consultas médicas e exames”, compartilhou o jornalista.

Em janeiro, Evaristo foi hospitalizado para tratar sua doença após sofrer uma crise.

Na ocasião, ele explicou que os sintomas surgiram devido à sua baixa imunidade.

“A baixa imunidade deixa meu corpo aberto para entrada de vírus e bactérias, como aconteceu com minha perna há um mês”, disse Evaristo que, na época, sofreu uma infecção bacteriana na pele chamada erisipela.

Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, as doenças inflamatórias intestinais (DII) atingem mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo, e a doença de Crohn é uma delas.

Conhecida por uma condição inflamatória crônica, ela afeta o sistema digestivo como uma inflamação recorrente com períodos de remissão. 

Andrezza Silvano Barreto, enfermeira da Vuelo Pharma, explica que essa doença autoimune pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus, mas é mais comum no final do intestino delgado (íleo) e no cólon.

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas podem incluir dor abdominal, diarreia crônica, fadiga, perda de peso, febre e sangramento retal. 

“A doença pode acarretar diversas complicações, incluindo infecções do trato urinário, formação de cálculos renais e biliares, estreitamento do intestino (estenoses), desenvolvimento de fístulas (conexões anormais entre órgãos), abcessos e pólipos”, conta a enfermeira.

O diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais (DIIs) é realizado por meio da análise minuciosa do histórico clínico do paciente, juntamente com uma série de exames especializados, como a endoscopia digestiva e a colonoscopia, frequentemente complementados por biópsias, além de exames radiológicos como tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

“Embora as DIIs não possuam cura definitiva, o tratamento disponível visa controlar o processo inflamatório e induzir a remissão clínica”, relata a enfermeira.

Causas e fatores de risco

Os sintomas das DIIs estão relacionados a uma variedade de fatores, incluindo predisposição genética, desregulação do sistema imunológico, influências ambientais, dieta, desequilíbrio na flora intestinal (conhecida como disbiose intestinal) e outros. 

Andrezza explica que a presença de histórico familiar também aumenta a probabilidade de desenvolvimento da condição em um indivíduo.

Além disso, o tabagismo é reconhecido como um fator de risco significativo no contexto das DIIs

Estudos científicos demonstraram que o hábito de fumar pode contribuir tanto para o desenvolvimento quanto para a progressão da doença de Crohn, exacerbando seus sintomas e aumentando o risco de complicações.

Tratamento e gerenciamento

O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo medicamentos para reduzir a inflamação, suplementação nutricional, modificação da dieta, terapia biológica e, em alguns casos, cirurgia para remover áreas danificadas do intestino. 

Em outros tratamentos, quando a inflamação não é adequadamente administrada ou quando a pessoa não está ciente de sua condição, podem surgir complicações graves, como a formação de feridas no intestino, obstruções e até danos nos tecidos.

A enfermeira explica que nessas circunstâncias, a atividade da doença pode resultar em um processo inflamatório que leva ao estreitamento do intestino.

“Quando isso ocorre, pode ser necessário realizar procedimentos para desviar o trânsito intestinal, como o uso da bolsa de estomia, seja de forma temporária ou permanente”.

Segundo ela, hoje existem muitos dispositivos e produtos disponíveis para garantir a qualidade de vida dos usuários de bolsas de estomia.

Entre os produtos desenvolvidos pela Vuelo Pharma, por exemplo, está o Gelificador, cápsulas para serem colocadas dentro da bolsa, com alta capacidade de absorção de líquidos que facilitam os cuidados com a bolsinha.

“Essa composição permite a aromatização e gelificação dos líquidos presentes na bolsa, deixando-os numa consistência gelatinosa e garantindo que não ocorram vazamentos”, descreve ela.

Além disso, é fundamental adotar um estilo de vida saudável, incluindo exercícios regulares, controle do estresse e abstenção do tabagismo, para controlar os sintomas e prevenir surtos.

Impacto na qualidade de vida

As doenças inflamatórias intestinais podem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos diagnosticados, afetando não apenas sua saúde física, mas também sua saúde mental e emocional. 

“Viver com uma condição crônica pode ser desafiador, exige ajustes no estilo de vida, adaptação às restrições dietéticas e enfrentamento das preocupações comuns relacionadas à saúde e ao bem-estar”, finaliza Andrezza.

O jornalista demonstrou confiança no tratamento:

“Estou medicado e aguardando a conclusão dos especialistas para o melhor tratamento a seguir”, compartilhou Evaristo.

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