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Entrevista: Fernando Bianchi apresenta exposição Invisível

O fotógrafo revelou tudo sobre a exposição que apresenta uma jornada visual pelas entranhas de São Paulo no Centro Cultural Correios RJ.

Foto do fotógrafo e entrevistado Fernando Bianchi.

O fotógrafo Fernando Bianchi é filho do grande maestro italiano Walter Bianchi e nasceu em São Paulo em 1968.

Estudou no Instituto de Belas Artes de Porto Alegre nos anos 80 e logo começou a se apaixonar pela fotografia.

Com olhar apurado e contestador, o fotógrafo se vale de referências da história da fotografia, do cinema e da música, ambientes no qual ele foi criado e que lapidaram a sua forma de ver e refletir o mundo.

Apaixonado por semiótica, Bianchi constrói com sua avidez imagens que criam uma crônica perfeita de mistérios, luzes acidentais e sombras que se alongam e que logo nos reconhecemos seja pelas nossas referências de cultura de massa, seja pela nossa experiência de caminhar por esse mundo distópico.

E logo nos percebemos em cenas de filmes clássicos ou em experimentações de fotógrafos modernistas como Man Ray e Geraldo de Barros.

Formado em Rádio TV e publicidade, Fernando assina grandes trabalhos como diretor de filmes publicitários com os principais artistas do país.

A carreira como fotógrafo também sempre esteve presente no exterior, onde participou de exposições em Londres, Barcelona, Paris, Portugal e Itália.

Também ministrou Master Classes de fotografia em Londres e Barcelona.

Além disso, foi vencedor de prêmios importantes como o prêmio internacional Creative Camouflage Photo Challenge 2003, o Minute Festival no MIS em 2004 e o Echo Awards nos EUA em 2005, dentre outros.

Agora, o fotógrafo está realizando, até 11 de maio, a exposição Invisível no Centro Cultural Correios RJ.

A exposição, que está sendo realizada junto à exposição coletiva Ouro Líquido e também recebe curadoria de Juliana Curvellano proporciona uma perspectiva ampla e perspicaz da vida nas metrópoles.

Através de seu olhar, Fernando conduz o espectador por uma jornada visual pelas entranhas de São Paulo, buscando eternizar a cidade em sua mais genuína forma.

As fotografias, em sua variedade de preto e branco e cores, retratam uma estética sóbria, porém envolvente, capturando a essência da paisagem urbana contemporânea com profunda curiosidade e reverência.

Confira mais informações dessa exposição nesta entrevista com o fotógrafo.

Victor Hugo Cavalcante: Primeiro, é um prazer poder recebê-lo no Folk, e gostaria de começar perguntando: Como surgiu a inspiração para a exposição Invisível e qual é a mensagem central que você deseja transmitir através das suas fotografias?

Fernando Bianchi: Eu sempre admirei muito as formas arquitetônicas e quis explorar de uma forma diferente através do contraste da luz.

Eu uni duas paixões e criei essa mostra inspirada em Gotham City.

Victor Hugo Cavalcante: A exposição Invisível parece explorar a dualidade entre o visível e o invisível na vida urbana. Como você interpreta essa dualidade e como ela se manifesta em suas fotografias?

Tudo na vida é dual, o princípio da fotografia se baseia na luz e na sombra.

Tudo que fica na sombra, se torna invisível por meio de técnicas fotográficas.

Victor Hugo Cavalcante: As fotografias em preto e branco e em cores parece desempenhar um papel significativo em sua exposição. Poderia nos falar sobre a sua decisão de usar ambos os estilos e como eles complementam a narrativa visual que você está construindo?

A fotografia em preto e branco ajuda muito na exploração dos contrastes e as fotos coloridas dão uma visão mais frenética da capital.

As duas técnicas auxiliam na mensagem conceitual artística.

Victor Hugo Cavalcante: Suas fotografias não são apenas registros, mas interpretações ricas da paisagem urbana. Poderia nos falar mais sobre o processo criativo por trás dessa interpretação e como você escolhe os elementos a serem destacados em suas imagens?

Sou encantado com a diversidade das capitais e sempre apreciei o urbanismo e através do meu trabalho, consigo mostrar meu olhar de encantamento com as metrópoles.

Victor Hugo Cavalcante: Há alguma história específica por trás da exposição que você gostaria de compartilhar conosco?

O que mais me motivou, foi uma foto do centro de São Paulo que parece ser um quadrinho de uma revista do Batman.

Essa obra que me motivou para eu criar toda a exposição.

Espero inspirar pessoas que nunca fotografaram a começar a ter essa experiência tão enriquecedora.

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