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Entrevista: Emílio Figueira apresenta narrativas cristãs

O autor, que possui um catálogo de mais de cem títulos, entre eles a série Narrativas Cristãs, revela tudo sobre esta série de livros.

Foto do escritor, jornalista e teólogo Emílio Figueira

A série Narrativas Cristãs, composta por seis livros, é uma coleção de livros na Amazon escritospelo jornalista, teólogo e escritor Emílio Figueira.

Disponíveis em português, inglês e espanhol, essas narrativas têm cativado leitores ao redor do mundo com suas histórias envolventes e variadas, idealizadas e escritas pelo comunicador que possui uma sólida formação em Teologia.

Agora, o autor nos revela tudo e mais um pouco dessa série que promove o respeito às divergências de pensamento, explorando o cotidiano dentro das igrejas e outros assuntos pertinentes.

Victor Hugo Cavalcante: Primeiro, é um prazer poder recebê-lo no Folk, e gostaria de começar perguntando: Como você define o propósito principal por trás da série Narrativas Cristãs e o que você espera que os leitores obtenham ao ler essas histórias?

Emílio Figueira: Essa série é uma retomada da minha formação e doutorado em teologia, embora eu me autointitule um teólogo independente porque não tenho ligação com nem uma dominação religiosa.

São histórias que não visam defender nenhuma ideologia.

Mas sim, sem querer doutrinar e muito menos catequizar ninguém, fortalecer de forma lúdica a fé, trazer esperança e assuntos ligados ao universo cristão.

Tenho vários temas anotados para escrever e estabeleci uma meta pessoal de chegar à cinquenta volumes com essa série.

Pretendo introduzir ao longo dela alguns temas mais polêmicos e psicológicos.

Victor Hugo Cavalcante: Em suas obras na série Narrativas Cristãs, como você equilibra a inclusão de temas cristãos com a promoção do respeito às divergências de pensamento? Qual é a mensagem central que você busca transmitir através dessa abordagem?

Busco a inclusão de todos os necessitados.

Eu acredito nas raízes do cristianismo primitivo.

Jesus desafiou as normas sociais e religiosas ao comer com pecadores e cobradores de impostos, ao curar leprosos e doentes, ao perdoar prostitutas e ao acolher as crianças.

Ele ensinou que o Reino de Deus pertence aos pobres em espírito, aos que choram, aos mansos, aos famintos e sedentos de justiça, aos misericordiosos, aos puros de coração, aos pacificadores e aos perseguidos devido à justiça.

Em suas parábolas, Jesus destacava frequentemente a importância de cuidar dos necessitados e mostrar compaixão pelos outros, como na Parábola do Bom Samaritano, onde ele ensina que o próximo é aquele que mostra misericórdia, independentemente de sua origem ou posição social.

Essa opção de Jesus pelos excluídos desafia-nos a buscar a justiça social, a mostrar compaixão e solidariedade com os marginalizados e a trabalhar pela inclusão e dignidade de todas as pessoas.

É um convite para que, assim como Ele, possamos nos tornar agentes de transformação e amor em nosso mundo, que, aliás, já foi tema central do volume A Igreja Noturna.

Victor Hugo Cavalcante: Em Escavação da Alma, você aborda a jornada de uma arqueóloga cética cuja fé é reavivada. Como você desenvolveu essa narrativa e qual é a mensagem que deseja transmitir aos leitores por meio dessa história?

Eu assisto a muitos programas de arqueologia, gosto mesmo.

Um dia, assistindo a um desses programas, surgiu a ideia de escrever essa história que veio quase completa à mente.

A partir dela, surgiu também a ideia de criar toda essa coleção.

Em Escavação da Alma, uma jovem arqueóloga cética, cuja vida é transformada quando é convocada para integrar uma equipe de escavação bíblica.

Apesar de sua paixão pela ciência, Emma enfrenta um dilema existencial ao se deparar com artefatos que desafiam suas próprias convicções e vivências de seu passado.

Cada descoberta, cada inscrição antiga parece sussurrar segredos há muito esquecidos, lançando Emma em uma jornada de autodescoberta e busca de sua própria verdade.

Victor Hugo Cavalcante: Almas Incluídas trata da inclusão de pessoas com deficiência nas igrejas evangélicas. Qual foi sua motivação para abordar esse tema de forma sensível e profunda, e como você, enquanto escritor PcD, espera que essa obra contribua para uma maior conscientização sobre a importância da inclusão nas igrejas?

Esse foi tema da minha segunda tese de doutorado em 2015, intitulada As Pessoas Com Deficiência Ao Longo Do Cristianismo, que pode ser baixado gratuitamente em meu site.

Nesse volume eu quis trazer essa temática de forma lúdica, refletindo sobre as necessidades específicas das pessoas com deficiência, lançando uma onda de inclusão que se espalha além das fronteiras da comunidade religiosa, com momentos de triunfo e desafio, todos descobrem que a verdadeira inclusão vai além das políticas e estruturas físicas.

Ela reside no coração de cada indivíduo e na capacidade de uma comunidade de abraçar a diversidade em todas as suas formas pautadas pela Palavra de Deus.

E aqui tenho um spoiler.

Estou escrevendo outro volume sobre pais e mães cristãs de filhos com variadas deficiências que têm o desafio de incluí-las na sociedade, na escola e em suas igrejas.

Victor Hugo Cavalcante: Os Veterinários de Deus e A Igreja Noturna exploram diferentes formas de servir ao próximo enquanto se compartilha a Palavra de Deus. Como essas histórias refletem suas próprias crenças e experiências pessoais?

A minha vida inteira sempre foi servir ao próximo.

E como falei das pessoas necessitadas acima, também vejo que é nossa obrigação cuidar da melhor forma dos animais, criaturas de Deus.

Se os cristãos fossem realmente unidos, eles poderiam mudar a realidade, tanto das pessoas necessitadas quanto dos animais negligenciados.

Victor Hugo Cavalcante: No livro O Plantio de Deus, você retrata uma família que deixa a cidade para morar em uma fazenda, compartilhando sua fé por meio de cultos realizados aos domingos. Qual é a inspiração por trás dessa história e como você acredita que ela pode inspirar os leitores a viverem uma vida mais alinhada com seus valores espirituais?

É comum nos encontrarmos presos em uma rotina sem sentido, onde cada dia parece se mesclar ao próximo, sem oferecer novos desafios ou propósitos significativos.

No entanto, ter a coragem de buscar mudanças em nossa vida pode fazer uma enorme diferença, não apenas para nossa própria satisfação pessoal, mas também para nossa saúde mental e bem-estar geral.

Ao optarmos por desafiar a monotonia e explorar novas oportunidades, abrimos portas para o crescimento pessoal e para a descoberta de um propósito mais profundo em nossa jornada.

Essas mudanças podem nos levar a novas experiências, conhecimentos e relacionamentos que enriquecem nossas vidas de maneiras que nunca poderíamos ter imaginado enquanto estávamos presos na inércia da rotina.

E quando essas mudanças são acompanhadas pela iniciativa de ajudar os outros e praticar a caridade, elas se tornam ainda mais enriquecedoras.

O ato de estender a mão para aqueles que estão em necessidade não apenas beneficia os destinatários da ajuda, mas também nos proporciona uma profunda sensação de realização e conexão com nossa comunidade e a humanidade em geral.

Portanto, ao buscar novos desafios e significado em nossas vidas, e ao incorporar o hábito de ajudar aos outros, podemos transformar não apenas nossas próprias vidas, mas também o mundo ao nosso redor.

Essas mudanças não apenas nos tornam mais felizes e saudáveis mentalmente, mas também contribuem para a construção de uma sociedade mais compassiva, solidária e significativa para todos.

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