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Cia Cênica estreia espetáculo infantil no Sesc Pinheiros

Bitita — Para Não Esquecer, montagem da companhia rio-pretense, estreou no último domingo na capital paulista e perdura até 25 de agosto.

Cena do espetáculo Bitita — Para Não Esquecer.

Teatro Negro para crianças, Bitita — Para Não Esquecer, da Cia Cênica, se debruça sobre o livro Diário de Bitita, obra póstuma de Carolina Maria de Jesus que retrata sua infância, adolescência, início da vida adulta e, sobretudo, destaca suas percepções e sentimentos de infância.

A montagem, que teve sua estreia no último domingo (4) no Sesc Pinheiros, propõe a criação de novos diálogos a respeito da visão de mundo, tão singular, de uma menina preta da periferia.

Propõe cuidar.

E cuidar das crianças é pensar na construção de um mundo melhor, o que passa por falar com elas sobre pautas e assuntos diversos, inclusive os graves e delicados, sem perder a poesia e respeitando seus modos de conhecer e de ver o mundo.

Espetáculo que traz no elenco as artistas trans Christina Martins e Cairo Francisco, além de Beta Cunha e Geovanna Leite, tem texto de Anna Magalhães, direção de Fabiano Amigucci e orientação geral do ator e diretor Flávio Rodrigues, membro fundador da Cia dos Inventivos e do Coletivo Negro.

A peça, que ainda será apresentada nos dias 11, 18 e 25 de agosto, às 15h, e às 17h, acontece no auditório do Sesc Pinheiros, localizado na Rua Paes Leme, 195, São Paulo.

No dia 11 de agosto, as sessões que serão realizadas no Festival Mesa Brasil serão gratuitas.

Sinopse do espetáculo

A menina Betita é uma “perguntadeira” que carrega um sonho possível de viver sem ter que esperar pelas decisivas respostas, um sonho possível de Carolina Maria de Jesus.

Ela é Bitita, antes mesmo de se perguntar se um dia, de fato, poderia ser Bitita.

Mas, em paralelo ao sonho, há a realidade, pesada e concreta.

Lá, onde o chão de terra é mais duro que o cimento, e, no entanto, a terra vermelha suja menos que o cal.

Lá, que é também aqui dentro, dentro da nossa vida vivida, no dia a dia.

“Ah, comigo o mundo vai modificar-se. Não gosto do mundo como ele é”.

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