*O título deste artigo foi adaptado para fins de SEO.
Poesia é Thaumazein: um necessário espanto do ser diante de si e do pretendido mais além
Texto escrito pelo escritor e poeta Marcelo Gomes Jorge Feres (Crédito da foto principal: Divulgação/Arquivo pessoal).
Poesia é um estado de espírito e, também, sons, palavras e qualquer coisa mais que, em rimas, visualizações ou sentimentos, em encontros ou despedidas, suscite algo para além do simples sentir.
A poesia, então, transpõe barreiras afora e adentro do ser que sente, e que exclama surpreendido por um para-sempre, apenas prossegue em sua jornada evolutiva para as eternas reconquistas do ser, sendo ponto e sendo todo.
Disseram que a beleza está diretamente relacionada à síntese.
Eis que a beleza tanto passeia pelos Jardins de Epicuro, ornando, de modo singelo, desinteressado e gratuito, com carícias, perfumes e cores, o transitar dos que se dedicam voluntariamente a apreciar as sutilezas e satisfações possíveis desta existência, quanto suscita questões mais profundas e que se (pre)ocupam com os sentidos diversos que sustentam essas paisagens terrenas e extraterrestres, paradisíacas, que nos descortinam mundos.
Ora, a vida peregrina e mensageira em terras estrangeiras sempre foi aprendizado e enriquecimento, e isso antes dos retornos benditos de todos aos lares de origem, às terras conhecidas e amadas das infâncias, que se distanciam pelos infindos dessas paragens dos peregrinos.
Todos voltaremos para as nossas casas-paraísos, em carnes e em espíritos, pois somos seres dados a histórias!
Histórias que têm inícios, meios e fins já conhecidos, em verdadeiras e épicas teleologias ou, ainda, que se iniciam e reiniciam em ciclos sempre envoltos consigo mesmos, porém sempre de finais felizes.
E, neste mundo, sempre às beiras de mutações, transformações e enigmas, nós, seres humanos, seguimos e evoluímos em direção a nós mesmos.
Ninguém escapa, por aqui, de si, ainda.
Não se limitam e se prendem espíritos em existências de cem anos apenas, e nossas carnes não são grades ou fossos de masmorras.
Antes somos cavaleiros de armas e insígnias, eternamente rondando as torres de castelos de areias, e buscando libertarmos nossas princesas, presas.
Oh! Chamam-nas poesia! E também borboleta, princesa, vida!
E é chegada a hora de nos sagrarmos como aqueles nobres cavaleiros de honras e valores verdadeiros e suficientes, para recuperarmos as glórias eternas da nossa princesa poesia – vida!
Ah! vida é poesia! E somos cavaleiros em andanças benditas!
E as nossas princesas que acenam lenços floridos das torres das pequenezas terrenas, que as aprisionam — borboletas!
E em torres de egoísmos e pequenezas a serem reconquistadas e vencidas!
Partamos decididos! Tudo vale esta pena! Pela princesa poesia!
Conquistemos a nós mesmos! Honremos o poema! E amemos as libertadas poesias!
Sobre o autor
Marcelo Gomes Jorge Feres, que assina sob o pseudônimo Wagner de Wahnfried, é autor de 26 livros de conteúdo poético-filosófico, sendo sua obra mais recente o livro Pelos Poros dos Ventos.
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