*O título deste artigo foi adaptado para fins de SEO.
COP30: um retrato das agendas climáticas e estratégicas apresentadas por 33 nações
Escrito por Gleriani Ferreira, professora da FIA Business School. Crédito da foto principal: Divulgação.
A análise dos estandes e da programação dos 33 países presentes na Bluezone da COP30 revela um padrão dominante: a agenda ambiental permanece no centro das discussões globais.
Cerca de 72% dos temas observados trataram de financiamentos climáticos, mitigação e ações de enfrentamento das mudanças climáticas.
A predominância era esperada, mas a forma como cada país organiza esses debates evidencia estratégias distintas.
Entre as nações asiáticas, temas sociais ganharam relevância.
A Indonésia exemplificou esse movimento ao integrar discussões sobre trabalho, mulheres, povos indígenas e diversidade à sua abordagem de energia limpa e uso sustentável dos recursos naturais.
O panorama europeu e asiático reuniu agendas marcadamente específicas.
Luxemburgo e Índia concentraram boa parte de seus painéis em mecanismos de financiamento.
O Azerbaijão priorizou energia limpa e transportes, enquanto a Suécia buscou ampliar parcerias internacionais para acelerar metas climáticas.
A Itália optou por uma estratégia simbólica, criando um estande inspirado em uma praça para reforçar conceitos de inclusão e pluralidade.
Japão e Reino Unido adotaram uma postura orientada a negócios, destacando tecnologias e soluções com forte apelo comercial.
Ruanda se apresentou como destino estratégico para investimentos verdes, e a Tailândia utilizou a conferência para detalhar seu plano de transição rumo ao status de país net zero em 2050.
Na América do Sul, a diversidade de abordagens também se destacou.
A Venezuela levou temas relacionados ao mercado de trabalho e à sua agenda doméstica, enquanto o Peru priorizou debates sobre juventude e financiamentos voltados à inovação.
E nós? Nosso Brasil combinou ciência, política e práticas aplicadas.
Nossa programação incluiu iniciativas integradoras entre estados da Amazônia e do Nordeste, além de análises comparativas entre emissões de etanol e de veículos elétricos importados.
Também apareceram compromissos concretos relacionados à logística reversa e ao avanço da reciclagem.
O conjunto dessas observações indicou que a COP30 operou em múltiplas dimensões simultaneamente.
Para alguns países, a COP30 funcionou como espaço de aprofundamento científico e diplomático; para outros, como vitrine de soluções e parcerias comerciais.
Apesar das diferenças, um ponto permanece comum: a busca por caminhos que tornem a transição climática viável nos âmbitos econômico, social e ambiental.
Esse contraste entre intenções, velocidades e prioridades revela um aspecto central da conferência: não existe uma única narrativa dominante, mas um mosaico de estratégias que convivem, se complementam ou se tensionam.
A forma como cada país escolhe se posicionar, seja pela diplomacia, pela ciência ou pelos negócios, ajudou a entender não só o que está sendo discutido agora, mas também como cada governo enxerga o futuro da própria transição climática.
É nessa pluralidade de agendas que se desenha o verdadeiro desafio global: transformar discursos distintos em avanços concretos.
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