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Anjuss desenvolve COLLAB com grafiteiras e ilustradoras

A marca nacional focada em moda urbana reuniu três mulheres com raízes na arte de rua para desenvolverem uma ilustração cada com suas estéticas e identidades.

Banner de divulgação dos artistas.

Arte para contemplar, para inspirar e também para vestir.

Essa é a proposta da Anjuss, marca nacional focada em moda urbana, com a coleção Urban Gallery, “galeria urbana” para o Natal 2024.

“Seguindo o nosso lema geral da coleção Urban Resort, esse drop visa reforçar o conceito que estamos trazendo para o nosso verão 2024: o ambiente urbano em justaposição com o sentimento de relaxamento, diversão e lazer, como forma de escapismo, onde é possível criar sua própria realidade”, explica Pamela Pallazzini, gerente de estilo da Anjuss.

Segundo Pallazzini, a coleção é inspirada no amor e histórico da marca com a arte de rua e a força que a arte tem para mudar vidas. 

“É usar o cenário urbano como um espaço coletivo para livre expressão artística, onde cada indivíduo e sua maneira de vestir-se é uma manifestação dessa liberdade, como um quadro pendurado em uma galeria”, ressalta.

Para ilustrar essa proposta, de “arte para vestir”, a Anjuss reuniu três artistas mulheres com raízes na arte de rua, as paranaenses Marcella Calado e Babi e a paulista Julia Rodrigues, para desenvolverem uma ilustração cada com suas estéticas e identidades.

Essas artes foram aplicadas e desmembradas em três camisetas, uma mochila e uma garrafa de água.

“Como a collab envolve artistas que trabalham com graffiti, elas trazem uma estética bem urbana nas suas ilustrações”, conta a gerente de estilo.

Veja abaixo, mais sobre as artistas escolhidas para a collab.

Julia Rodrigues e a força do olhar

A mãe da Julia Rodrigues era artista plástica e sempre foi uma referência para ela.

Depois da morte precoce da mãe, a Julia decidiu ser hora de viver 100% de arte.

Hoje ela é uma artista visual que utiliza várias técnicas, uma delas o spray.

No trabalho para a Anjuss, Julia diz que o desafio foi pensar que essa arte é para vestir.

“Então, eu fui pensando no completo, na centralização daquela estampa, para atingir todos os públicos, uma vez que a roupa é uma forma de você se encontrar no mundo, encontrar os seus semelhantes”, diz a artista.

O ponto forte da arte da Julia são os olhos:

“Olhos grandes, disformes, às vezes 3,4,5, olhos. Nem sempre é um ser humano, às vezes é uma flor, uma planta com olho, qualquer coisa que colocar o olho vai criar vida. Minha ilustração traz um personagem misterioso com olhos bem abertos que não sabe se está se escondendo ou só observando mesmo”.

Babi e a importância de regar e colher

A arte sempre esteve presente na vida da Babi.

Ela conta que tem registros de desenhos de quando tinha apenas dois anos.

Como artista visual, iniciou com o grafitti e essa é uma referência constante em seus trabalhos com pintura.

Sobre o convite da Anjuss, diz que se animou em participar de um projeto com outras duas mulheres fortes na arte.

Babi explica que a estampa que desenvolveu traz a ideia de regar e colher.

“Eu fiz uma personagem que já traz algumas plantas na mochila e que está sempre regando, sempre em movimento”, conta.

A artista acredita que as pessoas conseguem se comunicar conforme o estilo de roupa que vestem.

“É uma forma de se expressar, eu acho isso muito importante”, comenta Babi.

Marcella Calado e a força dos tigres

No caso da Marcella Calado, o desenho sempre esteve presente em sua vida.

Ela trabalhava como barista enquanto cursava design gráfico.

No ambiente das cafeterias, fez alguns trabalhos de lettering em giz que estavam na moda naquela época.

Depois começou a tatuar.

Deixou a profissão de barista para se dedicar à arte.

“Aos poucos fui migrando para trabalhos como ilustradora, com arte digital e muralismos”, conta.

O grafitti é uma das paixões de Marcella que se interessou pelo imediatismo do spray:

“É possível fazer experimentações de cores e alterações na arte de uma forma muito ágil. Ainda me considero iniciante na técnica, mas já gosto muito e estou sempre em busca de oportunidades de aprender mais sobre a técnica”.

Na arte que fez para a Collab com a Anjuss, ela levou um trabalho que já faz com figuras de tigres e outros felinos distorcidas em espaços limitados.

“Começou como uma brincadeira visual, mas aos poucos se tornou parte da minha identidade”, diz.

A artista diz que a moda também é arte e, como tal, faz parte das nossas expressões:

“É como a gente escolhe se apresentar ao mundo”, finaliza.

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