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Análise: Alpargatas S.A. revoluciona com chinelo inclusivo

Artigo de Thierry Cintra Marcondes analisa o lançamento do produto inclusivo, confortável e prático para as pessoas com deficiência físicas.

Foto do chinelo criado pela Alpagartas S.A.

Quem nunca “quebrou” um chinelo ao tropeçar em um buraco, ou deixou o chinelo “para trás” e acabou com dores no joelho ou nas pernas depois de caminhar muito?

Ou perdeu um chileno por ele sair do pé, eu mesmo já perdi um chinelo no mar, no Peru, por falta de equilíbrio, cai e as ondas o levaram embora.

Ficar sem chinelo é desconfortável, não é?

Agora, imagine essa situação para uma pessoa com deficiência, que já enfrentam dificuldades para encontrar opções adequadas.

Pessoas com deficiência física, especialmente aquelas com impactos na parte inferior do corpo, muitas vezes têm pés de tamanhos, formas e sensibilidades diferentes, o que torna o uso de calçados leves no dia a dia um desafio.

Pensando nisso, a Havaianas EAA – an Alpargatas Brand, da Alpargatas S.A., lançou o Havaianas CPB, um chinelo inclusivo e inovador.

Este calçado tem solado de borracha injetada, mais macia que a tradicional, e inclui uma ponteira que ajuda quem tem menos precisão de movimentos a ajustar o chinelo nos pés.

Além disso, possui uma pequena alça na parte de trás e uma tira que envolve o calcanhar, um elástico que prende o calcanhar, proporcionando mais firmeza e precisão, especialmente para quem usa prótese.

Os tecidos utilizados são respiráveis e suaves, reduzindo o atrito e oferecendo maior conforto.

A própria empresa destaca que o visual do chinelo não remete a um calçado específico para pessoas com deficiência, mas sim a um produto que pode ser usado por qualquer pessoa.

O design inovador traz uma nova experiência de uso, tornando o calçado mais confortável e prático para todos. Isso é o futuro: criar produtos que são inclusivos por natureza, e é por isso que acredito que a acessibilidade é uma estratégia de negócio essencial.

Para desenvolver este chinelo, a Alpargatas S.A. contou com um time diverso, mas o mais importante foi a participação direta de pessoas com deficiência na concepção do produto.

É isso que eu defendo e ajudo: dar espaço para que essas pessoas participem do desenvolvimento é fundamental, mas para isso é necessário ter uma estratégia clara e fornecer as ferramentas de acessibilidade adequadas, para que a acessibilidade seja uma estratégia de negócio.

E olha que legal: segundo Maria Fernanda Albuquerque, vice-presidente de marketing global da Havaianas NA&C – an Alpargatas Brand, “não é uma ação de marca ou de vendas. É uma ação de civilidade, de fazer o certo, alinhado ao DNA da marca e ao espírito brasileiro, por isso o Comitê Paralímpico receberá 7% do valor das vendas para melhorias e incentivos”.

Parabéns à Alpargatas S.A. por essa iniciativa, e estamos a apenas uma semana das Paralimpíadas!

Sobre o autor

Crédito: Arquivo do site

Thierry Marcondes é engenheiro mecânico formado na Unicamp, fundador das startups Evolucar e Avitus.

O engenheiro descobriu que promover autonomia através da acessibilidade e responsabilidade socioambiental era seu propósito.

Lidera ainda Acessibilidade e Inovação na Accenture, é conselheiro das startups 2.5 Ventures e AUREM, e voluntário nos conselhos do Unicamp Ventures e Frotas e Fretes Verdes.

Thierry também acredita que os surdos revolucionarão o mundo e impulsionarão novas tecnologias.

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