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Amigo secreto inspira livro sobre dramas familiares

Inimigo Oculto, ficção-novela da mineira Jerusa Furbino, evidencia as imperfeições humanas em uma história sobre preconceitos e segredos guardados a sete chaves.

Capa do livro Inimigo Oculto escrito por Jerusa Furbino.

Encarar os próprios defeitos é tarefa que nem todos estão dispostos a enfrentar.

Para quebrar essa barreira, a escritora mineira Jerusa Furbino propõe uma jornada de encontro com as imperfeições humanas por meio do livro Inimigo oculto.

Nesta ficção-novela, ela desvenda as complexidades da convivência familiar, aborda questões existenciais e põe à prova a máxima de que as pessoas nem sempre são o que aparentam, afinal, carregam consigo preconceitos e segredos velados.

Mais do livro

Em um passeio entre a capital e o interior de Minas Gerais, a narrativa retrata o comportamento da família Silva Rabelo, que decide substituir o tradicional “amigo secreto” de Natal por uma técnica terapêutica ousada: o Inimigo oculto.

Proposta por Bruno, estudante de psicologia, a brincadeira desafia os participantes a descreverem a pessoa secreta sorteada com um defeito, sem receber questionamentos.

À medida que as máscaras caem e segredos vêm à tona, como traição, corrupção, preconceitos e rejeição de um filho gay, os personagens precisam aprender a lidar com raiva e mágoas, mas também a se reconhecerem no amor e no perdão.

Desta forma, a autora faz pensar sobre a importância da convivência familiar, o respeito pelas individualidades e o valor da coragem de quem decide enfrentar as sombras da própria personalidade.

Narrado fluidamente, como em um roteiro de novela, o livro carrega ilustrações do multiartista e poeta Dione Machado, um dos fundadores do ColetiVoz, grupo de poesia marginal mais antigo de Belo Horizonte.

As imagens dão dinamicidade ao enredo que, apesar das intrigas e reviravoltas, termina com uma mensagem de aceitação, amor e união.

Pensada pela autora como ferramenta de exploração emocional, a obra dá brechas para o leitor reconhecer a si e a própria família na história.

Para Jerusa Furbino, a abordagem pode se tornar um trampolim para a evolução pessoal.

“Somente quando conhecemos nossas sombras, podemos fazer brilhar nossa luz”, complementa.

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