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Artigo: Toda empresa realmente precisa de IA?

Especialista reflete sobre o boom da IA e se realmente todas as empresas devem ou estão preparadas para utilizá-la da melhor forma.

Foto da autora do artigo.

Escrito por Andrea Rivetti, CEO da Arklok (Crédito da foto principal: divulgação).

A inteligência artificial (IA) deixou de ser assunto restrito a laboratórios de pesquisa e startups de tecnologia para se tornar parte do vocabulário de qualquer empresa.

Da automatização de processos ao atendimento ao cliente, passando por análises preditivas e personalização em escala, a IA está em toda parte.

Mas surge uma questão incômoda: será que toda empresa realmente precisa de IA?

Ou estamos diante de mais um movimento em que a pressão por aderir à tendência fala mais alto do que a estratégia?

O hype da inteligência artificial

O crescimento do tema é indiscutível.

Segundo a PwC, a IA pode adicionar US$ 15,7 trilhões à economia global até 2030, tornando-se uma das maiores forças de transformação econômica da história.

Não por acaso, CEOs e conselhos sentem a urgência de anunciar projetos de IA para demonstrar inovação.

Contudo, essa corrida pode gerar armadilhas: quando a tecnologia é adotada apenas como vitrine, sem clareza de objetivos, os investimentos se transformam em custos sem retorno.

Onde a IA realmente gera valor

Existem áreas em que a IA já provou ser diferencial competitivo.

Segundo a McKinsey, a IA generativa pode adicionar entre US$ 2,6 trilhões e US$ 4,4 trilhões por ano em valor econômico global, sendo que 75% desse potencial está concentrado em quatro funções: atendimento ao cliente, marketing e vendas, engenharia de software e pesquisa & desenvolvimento.

Casos práticos incluem detecção de fraudes no setor financeiro, manutenção preditiva na indústria, atendimento digital mais eficiente no varejo e diagnósticos assistidos na saúde.

Nessas situações, a IA não é apenas inovação: é ferramenta de produtividade, escalabilidade e segurança.

O risco do modismo corporativo

Apesar dos benefícios, muitas organizações caem na armadilha do modismo, investindo em e não obtendo impacto financeiro significativo.

O problema não está na tecnologia em si, mas na forma como é implementada.

Projetos sem alinhamento com a estratégia de negócio, sem maturidade de dados ou sem preparo das equipes dificilmente entregam resultado.

Nesses casos, a IA se torna um gasto disfarçado de inovação.

A adoção inteligente

O caminho, portanto, não é perguntar “como usar IA a qualquer custo?”, mas sim “em quais áreas da minha empresa a IA pode gerar impacto real?”.

A adoção deve começar pequena, com projetos-piloto, mensuração de resultados e expansão gradual.

Mais importante: a tecnologia precisa estar a serviço da estratégia, e não o contrário.

Quando aplicada com clareza de propósito, a IA pode acelerar a inovação e abrir novos modelos de negócio.

A inteligência artificial é, sem dúvida, uma das maiores forças de transformação do nosso tempo.

Mas nem toda empresa precisa dela hoje, e, menos ainda, de qualquer jeito.

O verdadeiro diferencial não está em dizer “usamos IA”, e sim em saber para quê.

Inovar com consciência e propósito é o que separa quem colhe resultados duradouros de quem apenas segue a onda.

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