De acordo com um estudo divulgado pela Sociedade Brasileira de Urologia, 72% das mulheres em todo o mundo sofre de incontinência urinária, sendo 20% dos casos em mulheres adultas e aproximadamente 50% em idosas.
Entre os principais motivos da doença, está o enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico, fazendo com que haja uma perda involuntária de urina, caracterizada em três tipos: a de esforço, de urgência e a mista.
Para Laura Barrios, fisioterapeuta pélvica na Clínica Ginelife, muitas mulheres têm vergonha de procurar ajuda, sendo que esse é um problema que pode ser resolvido facilmente.
“Mulheres de todas as idades acreditam que os casos de incontinência são naturais do corpo e optam por não buscar um tratamento”, comentou.
“Com base em avaliações, é elaborado um plano de tratamento individualizado, que pode incluir várias técnicas, como exercícios de contração e fortalecimento, além do treinamento da musculatura do assoalho pélvico”, completou.
A alteração da parte hormonal do corpo da mulher, perda de massa muscular, gestação e parto, lesões, obesidade e tabagismo são fatores que podem fazer com que a mulher desenvolva incontinência urinária, causando desconforto e problemas na qualidade de vida de quem sofre da doença.
A médica ginecologista e especialista em saúde da mulher, Fernanda Lellis, da Clínica Ginelife, afirma que o auxílio médico durante esse período é totalmente normal e necessário.
“Devemos lembrar que este é um problema que pode acontecer com pessoas de todas as idades e buscar um tratamento o mais rápido possível, é essencial para garantir um bom estilo de vida”, explicou.
“Não importa a que a continência esteja associada, seja hormonal, etária ou qualquer outro tipo, há tratamento e pode ser feito de forma simples, por meio da fisioterapia pélvica”, finalizou.
A fisioterapia pélvica é também uma forma de prevenção da continência urinária.
As mulheres podem procurar este método antes mesmo de serem diagnosticadas, pois fortalecendo a musculatura do assoalho pélvico, as chances de aparição da doença no futuro são menores.