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Idosos buscam informações sobre tratamento com cannabis

Levantamento feito pela Remederi mostra que 20% de todas as consultas recebidas são de idosos em busca de tratamento com cannabis medicinal.

Crédito: Erin Stone por Pixabay

Levantamento exclusivo feito pela Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal, mostra que os idosos representam 20% do total de pessoas que entram em contato com a empresa em busca de tratamento e esclarecimento sobre o produto.

Geralmente, eles querem saber como age a cannabis medicinal em doenças neurodegenerativas.

O Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, é uma das que vem sendo tratada com a cannabis medicinal.

A médica de família especialista em Geriatria, Letícia Mayer, explica que a doença ocorre devido à degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra.

Essas células produzem o neurotransmissor dopamina, responsável pelo controle da atividade motora do corpo (dos músculos), além de influenciar nas emoções, aprendizado, humor e atenção.

“Pesquisas científicas mostram que os canabinoides interagem com os receptores CB1 e CB2 do Sistema Endocanabinoide, modulando a liberação de dopamina no sistema nervoso central. Isso é uma esperança no tratamento da doença. Além disso, há o efeito neuroprotetor dos derivados da cannabis, muito positivo nas doenças neurodegenerativas, e o efeito, também demonstrado em estudos, de melhora de sintomas e qualidade de vida”, explica.

A Dra. Letícia também elenca os benefícios da cannabis medicinal em pacientes com Alzheimer, informando que a conduta pode ser adotada em qualquer estágio da doença, que é um transtorno neurodegenerativo progressivo, que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória.

“Existem duas frentes de ação, a melhora sintomática que percebemos no dia a dia, como a ansiedade, e o efeito neuroprotetor, que diminui a neuroinflamação no cérebro, que leva à morte de neurônios”, pontua.

O fundador e CEO da Remederi, Fabrizio Postiglione, ressalta que é preciso facilitar o acesso para que mais pessoas possam ser beneficiadas.

“O Brasil é um dos países que mais produz pesquisas sobre a cannabis medicinal, o que é um ponto extremamente positivo, ainda assim é preciso oferecer mais facilidades para que os pacientes possam ter acesso mais simples e ágil ao tratamento”.

Ainda conforme a pesquisa da farmacêutica, além dos tratamentos contra Parkinson (30% do total de idosos) e contra Alzheimer (40% do total de idosos), os idosos também buscam saber como se tratar com a cannabis medicinal contra dores crônicas como artrite e artrose (30%).

A Remederi, além dos produtos à base de cannabis medicinal, também oferece orientação ao paciente sobre todo o trâmite necessário, junto a ANVISA, para obter a permissão de adquirir a cannabis medicinal.

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