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73 milhões de brasileiros sofrem com distúrbios do sono

Dados da Associação Brasileira do Sono aponta que 46% da população enfrenta insônia e outros distúrbios, agravados pelo uso excessivo de telas.

Imagem ilustrativa de uma mulher com dificuldade para dormir.

A insônia tem se tornado um problema de saúde pública no Brasil.

Conforme aponta os dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem com distúrbios do sono, o equivalente a 46% da população.

O uso excessivo de telas, incluindo celulares, tablets, televisores e computadores, especialmente no quarto, tem sido apontado como um dos principais fatores para o aumento da insônia e outros distúrbios do sono.

A exposição à luz emitida por esses aparelhos interfere diretamente no funcionamento do “relógio biológico” do ser humano.

Segundo especialistas, a luz captada pela retina é enviada ao núcleo supraquiasmático do cérebro, que interpreta esse estímulo como se fosse luz natural, dificultando o início do sono e prejudicando sua qualidade.

A psicóloga Jane Mary (foto abaixo), do Hospital Amhemed, destaca a conexão entre insônia, ansiedade e depressão.

Jane Mary, psicóloga no Hospital Amhemed. Crédito: Divulgação.

“A insônia pode ser tanto um sintoma quanto um agravante desses transtornos. Quem sofre de ansiedade tem dificuldade para relaxar e pode não atingir o sono REM, enquanto a depressão está associada a sentimentos negativos que dificultam o descanso”, explica.

Além disso, a privação do sono pode aumentar comportamentos impulsivos e de risco, afetando a qualidade de vida e as relações interpessoais.

O coordenador do Pronto Atendimento do Hospital Amhemed, Dr. Francisco Antônio Fernandes (foto abaixo), alerta para os danos a longo prazo da insônia não tratada.

Dr. Francisco Fernandes é nefrologista e coordenador do PA do Hospital Amhemed. Crédito Divulgação.

“No curto prazo, causa cansaço e irritabilidade. A longo prazo, pode levar a déficit de concentração, piora na qualidade de vida e desenvolvimento de depressão”, afirma.

Além disso, a insônia compromete o sistema imunológico, aumentando a vulnerabilidade a doenças e incentivando comportamentos prejudiciais, como tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Crianças que dormem mal também podem ter comprometimento no crescimento, devido à alteração da produção do hormônio do crescimento.

Tratamento e prevenção

O tratamento da insônia envolve tanto abordagens não medicamentosas quanto medicamentosas.

Entre as mudanças de hábito recomendadas, está a prática de atividade física regularmente; manter uma dieta equilibrada e evitar refeições pesadas antes de dormir; criar um ambiente propício ao sono, controlando a iluminação e o uso de telas; controlar a ansiedade por meio de técnicas de relaxamento ou acompanhamento psicológico.

O tratamento medicamentoso deve ser indicado apenas por um profissional de saúde.

“Hoje, há diversas opções de medicamentos que auxiliam no sono, mas é fundamental que sejam prescritos e acompanhados por um médico”, alerta o Dr. Francisco.

Com milhões de brasileiros afetados pela insônia, é fundamental que a população reconheça a importância do sono para a saúde física e mental.

Pequenas mudanças de hábito podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida.

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