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Vera Athayde participa de ação da N’Kinpa em escola de SP

Encontro-vivência do projeto Terreiros Nômades — Macamba Faz Mandinga — Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena acontecerá na EMEF Ana Maria Benetti.

Foto da mestra e pesquisadora Vera Athayde.

No dia 28 de maio, terça-feira, o projeto TERREIROS NÔMADES — Macamba Faz Mandinga — Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena, realizado pela N’Kinpa — Núcleo de Culturas Negras e Periféricas, recebe a mestra e pesquisadora Vera Athayde.

O encontro, com o tema Cavalo Marinho — Resistência Cênica Afrodiaspórica, acontece na EMEF Ana Maria Alves Benetti, localizada na Zona Sul de São Paulo, integrando alunos e professores em uma atividade constituída por bate-papo e vivência prática, de manhã e à tarde.

A pernambucana Vera Athayde, mestra em dança pela Unicamp e doutora em Artes Cênicas pela USP, coordena o Centro de Referência da Cultura Brasileira e o Núcleo de Pesquisa e Criação do Figurino e Indumentária Brasileira, no Ponto de Cultura da Oca Escola Cultural.

É também pesquisadora em territórios da cultura afrodiaspórica e tradicional, pedagoga artística, encenadora, coreógrafa, dançarina, figurinista e fotógrafa.

Contemplado na 41ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, TERREIROS NÔMADES — Macamba Faz Mandinga — Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena visa valorizar as culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias colaborando para a aplicação efetiva, por meio da linguagem artístico-pedagógica, das Leis Federais n.º 10.639/03 e n.º 11.645/08, que estabelecem a obrigatoriedade do ensino de história e de culturas afro-brasileira e indígena nas grades curriculares do ensino fundamental e médio.

As duas escolas envolvidas no projeto, EMEF Ana Maria Alves Benetti e EMEI Cruz e Sousa, foram contempladas por serem instituições onde essas leis são aplicadas, levando a educação antirracista para além do material didático.

Ao longo de 2024, várias atividadese estudos vêm sendo realizadas em ambas escolas.

Trata-se das ações da coletiva N’kinpa em parceria com coletivos do entorno, vivências com mestres da cultura afrodiaspóricas, palestras e bate-papos com pensadores da cultura negra e indígena, encontros com pais, alunos e comunidade, programas de podcast (Diáspora — A Cor da Nossa Cultura em Encontros e Redes) e criação de um espetáculo de teatro performático, concebido a partir desse percurso, cuja estreia está prevista para novembro.

Os temas abordados nas ações nas escolas não são restritos aos dias em que ocorrem.

Nas semanas seguintes, são retomados pelas escolas, quando são estudados junto aos alunos, expandindo as possibilidades de entendimento.

Segundo Joice Jane Teixeira, idealizadora e proponente do projeto Terreiros Nômades e coordenadora da coletiva N’kinpa, “a escolha das duas escolas, além de serem instituições cujos projetos políticos-pedagógicos se pautam na implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, deve-se ao fato de estarem localizadas no bairro do Jabaquara, na região sul da cidade, um dos territórios de grande relevância histórica para o povo negro”.

E completa: “buscamos com ações, conteúdos e vivências estabelecer, além de um diálogo com crianças, jovens e adultos alargando o acesso às artes, devolver o que lhes foi negado, ou seja, as histórias e os saberes de povos que, por conta do racismo estrutural histórico, foram e ainda são invisibilizados. Acreditamos que a partir disso ampliaremos as reflexões políticas, culturais e sociais/econômicas, além de fomentar e formar um público ativo na luta pelos direitos, propositivo e participativo da vida de sua comunidade”.

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