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TV Cultura revela história do movimento estudantil no Brasil

História será revelada no documentário Os caminhos da democracia – 1932–1977 produzido pelo jornalismo da emissora e assinado por Gabriel Priolli.

Cena do documentário Os Caminhos da Democracia – 1932–1977: a história do Movimento Estudantil no Brasil.

TV Cultura exibe neste domingo (19/5), às 23h, o documentário inédito Os Caminhos da Democracia – 1932–1977: a história do Movimento Estudantil no Brasil, produzido pelodepartamento de jornalismo da emissora, com pesquisa, roteiro e redação do jornalista e professor Gabriel Priolli.

A atração, que traz uma perspectiva do Movimento Estudantil, destaca os primórdios da luta em 1932, com a morte dos estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC) em manifestação que precedeu a Revolução Constitucionalista de 32.

Ao longo dos 90 minutos de duração, a produção resgata imagens brutas inéditas, extraídas do rico acervo da TV Cultura.

Cenas que mostram os avanços e recuos do movimento estudantil, às vezes conseguindo driblar a repressão; e em outros momentos, sofrendo os efeitos brutais do enfrentamento contra o regime, além de conversar com personagens que viveram a realidade do movimento estudantil na época.

Priolli, que tem passagens pelos principais veículos de comunicação do país, era repórter da TV Cultura e testemunhou e gravou o levante dos estudantes contra a ditadura militar.

Num depoimento pessoal, ele, que também foi aluno e trabalhou ao lado de Vladimir Herzog, assassinado pelo regime militar, relembra o papel dos estudantes no processo de redemocratização e a participação dele na cobertura jornalística dos anos 70.

O documentário ainda conversa com personagens do movimento estudantil da época, como Paulo Moreira Leite, ex-estudante da USP e atualmente jornalista no Brasil 247; o atual presidente do BNDESAloizio Mercadante, economista formado pela USP, que atuou na corrente estudantil Refazendo; e o também jornalista Sergio Gomes, formado pela USP, fundador da Oboré, que foi torturado no temido DOI-CODI.

O jornalista Alberto Gaspar, apresentador do programa Legião Estrangeira, da TV Cultura, também dá o seu depoimento; ele estava na PUC e foi preso no dia em que a universidade foi invadida.

Dividido em cinco blocos, a produção será apresentada pelos repórteres Jerônimo Moraes, Vanessa Lorenzini e Luiz Turati, onde cada um dos repórteres cobrirá o espaço geográfico de algum acontecimento importante nos idos de 1977, um ano fundamental para entender os fatos que levaram ao início do fim da ditadura militar.

A USP, Praça da República, o Viaduto do Chá, a PUC, o Aeroporto de Congonhas, o Largo de Pinheiros e a própria sede da TV Cultura em São Paulo foram palcos desses acontecimentos.

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