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TDAH nem sempre é compreendida em mulheres

Neuropedagoga explica que as manifestações podem ser diferentes das que se dão em homens, o que leva a diagnósticos equivocados ou tardios.

Foto de uma mulher com TDAH tendo dificuldades de organizar os pensamentos.

O Dia Internacional da Mulher é uma ocasião para celebrar conquistas, resiliência e contribuições das mulheres em todo o mundo.

No entanto, também é importante reconhecer que as mulheres enfrentam desafios únicos, inclusive quando se trata de saúde mental.

Um deles é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Segundo Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional, além de diretora do Grupo Rhema, o TDAH uma condição que pode afetar de forma significativa a vida das mulheres, mas que muitas vezes passa despercebida ou é mal compreendida.

“O TDAH é frequentemente associado a crianças hiperativas e desatentas, mas a realidade é que essa condição pode persistir na idade adulta e afetar mulheres. No entanto, as manifestações do TDAH nelas podem ser diferentes das que se dão nos homens, o que muitas vezes leva a diagnósticos equivocados ou atrasados”, explica. 

A especialista afirma que, na infância, as meninas com TDAH podem apresentar sintomas semelhantes aos dos meninos, como dificuldade de concentração, impulsividade e hiperatividade.

No entanto, esses sinais podem ser menos óbvios, levando a um subdiagnóstico em meninas.

“Em vez de se comportarem de maneira hiperativa, as meninas podem ser rotuladas como ‘sonhadoras’ ou ‘distraídas’, o que pode mascarar o TDAH”, conta Mara Duarte.

Já na idade adulta, as mulheres com TDAH, podem enfrentar desafios adicionais devido à complexidade das demandas diárias.

É comum haver problemas de organização, dificuldade em manter relacionamentos e baixa autoestima.

Além disso, segundo a neuropedagoga, muitas mulheres com TDAH desenvolvem estratégias de compensação ao longo da vida.

“O reconhecimento precoce e preciso do TDAH em mulheres é fundamental para garantir o acesso ao suporte e tratamento adequados. Muitas mulheres com TDAH passam anos lutando sozinhas, sem entender por que enfrentam tantos desafios em suas vidas diárias. A conscientização sobre as características específicas do TDAH em mulheres pode ajudar a quebrar o estigma e garantir que essas mulheres recebam o apoio que precisam”, diz Mara.

Ela acredita que, ao reconhecer as características únicas do TDAH em mulheres e promover a conscientização sobre essa questão, é possível garantir que todas as mulheres, independentemente de sua condição, tenham a oportunidade de prosperar e alcançar seu pleno potencial.

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