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Primeiro Fundo Filantrópico de Mulheres Negras do Brasil realiza jantar beneficente

O Agbara que já realizou mais de 2.500 atendimentos e investiu mais de R$ 1 milhão, agora busca apoio da sociedade para dar continuidade ao seu trabalho.

No Brasil e no mundo é muito mais difícil ser mulher e esse quadro piora quando se é mulher, pobre e negra.

Não é achismo e os números confirmam:

44% das mulheres negras recebem menos do que homens brancos; 67% dos desempregados são pessoas negras; 47% das empreendedoras brasileiras são mulheres negras (na maioria das vezes, por falta de opção); 56% da população brasileira é negra, conforme dados levantados pelo Fundo Agbara, o Primeiro Fundo Filantrópico de Mulheres Negras do Brasil.

Criado durante a pandemia de Covid-19 para apoiar mulheres negras que sofreram mais que qualquer outro grupo com os efeitos da crise sanitária que assolou o mundo, o fundo já realizou mais de 2.500 atendimentos e investiu mais de R$ 1 milhão em mulheres negras.

A cada ano o Fundo Agbara realiza programas que atendem a centenas de mulheres, sendo que algumas, de forma bem próxima, com acompanhamento de até seis meses. A expectativa é fechar o ano de 2023 com R$ 1,5 milhão para apoiar o trabalho e projetos de mulheres negras e da comunidade LGBTQIAPN+, ampliando os atendimentos em 35%.

E dentre as iniciativas para angariar fundos, unir forças, potencializar e dar protagonismo para as mulheres negras, será realizado o Jantar Agbara — Potencializando mulheres negras, no dia 06 de novembro (segunda-feira), às 19h30, no Espaço Wood, bairro do Brooklin, em São Paulo — SP.

A cientista social e pedagoga, Aline Odara, fundadora do Agbara e atual finalista do Prêmio Empreendedor Social 2023, afirma:

“A falta de políticas públicas e de acesso a serviços básicos no Brasil, como saneamento e saúde, agravou a situação das mulheres negras, evidenciando que essa população, além de ter a maior mortalidade por Covid que qualquer outro grupo, ocupou as maiores taxas de desemprego, teve menos acesso a crédito e foi a parcela da sociedade que mais teve seus negócios fechados.”.

Ainda visando promover a cultura de doação e dar visibilidade ao fundo, o jantar, que será para 200 pessoas, entre empresários, filantropos, figuras públicas e apoiadores, terá 60% de sua arrecadação destinada aos projetos e iniciativas para mulheres negras e 40% para a estrutura do fundo.

“Já realizamos muito, mas falta muito ainda. Queremos celebrar as conquistas oriundas de uma trajetória de trabalho árduo realizado por e para mulheres negras ao longo desses três anos de atuação, mas precisamos fazer isso unindo forças de apoiadores, parceiros, incentivadores e investidores. O Jantar Agbara é uma porta para potencializar mulheres negras no Brasil e dar visibilidade a esse trabalho. Esperamos, com isso, que uma porta abra outra que abrirá outra, e assim por diante”, fala Aline Odara.

Uma noite de potências

A palavra yorubá significa potência.

E potência é o que não vai faltar neste evento, já que Bela Gil, culinarista e apresentadora de TV, também do conselho do Agbara, será a mestre de cerimônias.

O jantar ficará por conta da chef Manoela Zarzur e o show musical está sob comando de Paula Lima.

Quem desejar apoiar a causa pode adquirir cotas de patrocínio ou comprar os convites para participar e prestigiar o jantar.

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