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Owerá se apresenta no Resistência Guarani em São Paulo

Evento gratuito do Sesc Interlagos contará também com roda de conversa com Thiago Guarani, Kerexu Mirin, Carlos Papá e Cristine Takuá.

Foto do cantor Owerá.

A partir da celebração de 09 de agosto, conhecido como Dia Internacional dos Povos Indígenas, o SESC realiza o Agosto Indígena, um mês dedicado à divulgação das artes e saberes originários.

Dentre as diversas atrações, o evento Resistência Guarani acontece gratuitamente neste domingo (11), no SESC Interlagos.

A partir das 13h, terá feira de artesanato e roda de conversa com Carlos Papá, Cristine Takuá, Kerexu Mirin e Thiago Guarani.

Na sequência, às 16h, Owerá (foto da capa) apresenta o show Mbaraeté com participação de OzGuarani, além da cantora e compositora Pará Reté, do DJ Tupã e do baixista e produtor musical Rod Krieger.

Com apenas 23 anos, Owerá já tem um EP, dois discos, além de parcerias com Criolo, Alok, Djuena Tikuna, Brô MCs, Tropkillaz, Kaê GuajajaraOzGuarani, entre outros.

No show, Owerá vai apresentar músicas do seu mais recente álbum Mbaraeté, lançado pela Natura Musical, além de canções autorais divulgadas durante sua carreira e que dão luz ao movimento Rap Nativo.

Roda de conversa e feira de artesanato

Antes do show, das 13h às 15h, acontece uma feira de artesanato e roda de conversa com representantes de diferentes aldeias guaranis do estado de São Paulo: Thiago Guarani, da Tekoá Pyau, do Jaraguá, Kerexu Mirin, da Tekoá Krukutu, da TI Tenondé Porã, sul da capital, além de Carlos Papá e Cristine Takuá, da Reserva Indígena Tupi Guarani, de Boracéia, São Sebastião.

Carlos Papá é líder espiritual e cineasta, com mais de vinte anos de experiência.

Profundo conhecedor da relação do povo Guarani com a contação de histórias, ele decodifica os sinais da floresta e os transmite às novas gerações de indígenas.

Seus relatos, desde encontros com onças até seu próprio batismo, conectam o particular com o cósmico e os pequenos acontecimentos com os sentidos profundos da mata.

Morador da aldeia do Rio Silveira, Papá é conselheiro do Instituto Maracá e representante da comissão Guarani Yvy rupa (CGY) pelo litoral norte de São Paulo.

Kerexu Mirim é uma liderança indígena da Terra Indígena Krukutu, situada na zona sul de São Paulo, no bairro de Parelheiros.

Com uma atuação marcante e presente na comunidade Guarani Mbya, Kerexu acompanha de perto o dia a dia da aldeia, sendo uma referência local importante para a preservação cultural e a defesa dos direitos indígenas na região.

Thiago Guarani é uma liderança indígena da Terra Indígena Jaraguá, localizada na cidade de São Paulo, na região noroeste da capital paulista, próximo ao Pico do Jaraguá, um dos pontos mais altos da cidade.

Ele é uma figura de grande influência entre os jovens e utiliza suas redes sociais para denunciar a violência sofrida e o descaso das autoridades com o bem-estar daqueles que vivem na região.

Cristine Takuá é habitante da Terra Indígena Ribeirão Silveira, localizada entre Bertioga e São Sebastião.

Filósofa, educadora e artesã indígena, é formada em Filosofia pela Unesp.

Atua como professora de Sociologia, Filosofia, História e Geografia na Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kuai’.

Além de seu trabalho educacional, Cristine participa ativamente nos trabalhos espirituais na casa de reza local.

É fundadora do FAPISP (Fórum de articulação dos professores indígenas do Estado de SP) e conselheira do Instituto Maracá.

Agosto Indígena

Idealizado em celebração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas (9 de agosto), a ação em rede acontece entre os dias 1º e 31 de agosto, em 40 unidades do Sesc no estado de SP — capital, Grande São Paulo, interior e litoral.

Esta edição do Agosto Indígena é dedicada aos processos de educação de diversas culturas originárias no Brasil, fundadas em relações comunitárias, visando incitar as oportunidades do aprendizado coletivo.

Ainda que existam especificidades em cada grupo, as centenas de etnias indígenas revelam que a educação só pode ser alcançada por meio de um compromisso com o respeito e com a valorização da diferença.

Para o diretor-regional do Sesc São Paulo, Luiz Galina, “oportunizar esses processos de aprendizagem é uma ação que vai ao encontro da proposta socioeducativa do Sesc, instituição comprometida com a promoção da educação em um sentido amplo, incluindo saberes relacionados às artes, ao esporte, ao lazer, entre outras esferas de saber e atuação. Em diálogo com formas diversas de compreender e se relacionar com o mundo, esses saberes têm o potencial de gestar horizontes sociais e climáticos fundamentados na continuidade da vida, e não em sua exaustão”.

Ao visibilizar a potência do tema da Educação no Agosto Indígena, o Sesc São Paulo contribui para promover uma reflexão sobre os processos de aprendizagem, confluindo para uma sociedade equitativa, que prioriza o bem-viver e o respeito às diferenças.

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