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Meu filho gagueja, e agora?

A fonoaudióloga Greicyane Castro explica os sinais que a criança dá ao falar que podem indicar a gagueira e como os pais devem proceder.

Imagem ilustrativa de uma mulher e uma criança possívelmente em tratamento fonoaudiológico.

A gagueira é uma alteração na fluência da fala que se caracteriza pela repetição das sílabas, sons, pausas, tensão e movimentos faciais, dificultando a comunicação e promove queda na qualidade de vida.

Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que cerca de dois milhões de pessoas gaguejam de forma crônica no Brasil.

Calcula-se, ainda, que 5% das crianças apresentam gagueira, que se manifesta frequentemente antes dos seis anos.

E quando os pais se deparam com o filho gaguejando?

Neste 22 de outubro se comemorou o Dia Internacional de Atenção à Gagueira e a fonoaudióloga Greicyane Castro, que atende na Clínica Audilife, localizada no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica o que os genitores precisam fazer.

“Observe se a gagueira persiste por mais de oito semanas, caso seja menino busque orientação fonoaudiológica quanto antes, pois a gagueira tem maior prevalência no sexo masculino. Observe se a criança está repetindo muito sílabas e sons”.

Com o diagnóstico definido, a especialista pontua o que se deve fazer em seguida.

“É preciso iniciar a terapia fonoaudiológica para conseguir fazer os ajustes necessários na fala. Vale ressaltar que a gagueira não tem cura, mas tem tratamento e haverá momentos em que a criança estará mais fluente e outros momentos não tanto assim”, explica. “No decorrer do tratamento o fonoaudiólogo poderá verificar a necessidade de algum outro profissional para queixas pontuais”, completa.

Sobre o que observar para saber se o filho realmente está gaguejando, a fonoaudióloga destaca alguns pontos.

“A criança ao começar a falar passa por um período que se chama de gagueira da infância, o qual dura no máximo oito semanas. Geralmente conseguimos observar por volta dos três anos mais ou menos. É preciso observar repetições de sílabas como ‘papapa pato’ e repetição de sons como ‘ssss sapo’”, salienta Greicyane Castro.

De acordo com ela, não é possível evitar essa alteração da fala, que não pode ser curada, mas sim tratada.

“A gagueira não tem uma causa específica, é multifatorial e está fortemente ligada ao fator genético e biológico. O tratamento precoce é essencial por reduzir o impacto causado pela gagueira, diminuindo a intensidade e aumentando as chances de um melhor prognóstico”, analisa a especialista.

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