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Livro revela intimidade de grandes escritores nacionais

Ao atravessar mais de quatro séculos da história da literatura, Carlos Costa apresenta a vida de autores brasileiros como José de Alencar, Gregório de Matos e Pagu para além do cânone.

Capa do livro Escritores São Humanos do escritor Carlos Costa.

Crédito: Divulgação/Carlos Costa

Talvez você conheça Mário de Andrade por publicar Macunaíma.

Mas sabia que, além de gostar de carnaval e cachaça, ele adorava seus sobrinhos e promovia as brincadeiras nos eventos da família?

Ou lembrava que Euclides da Cunha, consagrado por Os Sertões, foi morto após um crime passional e até hoje ninguém tem certeza sobre quem era o verdadeiro culpado?

São estes acontecimentos curiosos que o pesquisador Carlos Costa apresenta no livro Escritores são humanos: histórias cotidianas da literatura brasileira.

A obra conduz os leitores pelos bastidores das vidas dos nossos cânones literários, no intuito de mostrar que, por trás de seus feitos extraordinários, há pessoas comuns.

Ao condensar mais de uma década de pesquisa na publicação, o autor expõe os grandes nomes da literatura brasileira por meio de um ângulo que não está presente no ensino das escolas tradicionais e, por isso, talvez seja um conhecimento de difícil acesso às pessoas.

Com linguagem coloquial, Carlos Costa desperta a atenção do público interessado nas trajetórias íntimas dos famosos, ao mesmo tempo que propaga informações sobre a produção literária no Brasil.

Para isso, ele delimita uma linha do tempo: narra histórias desde o século XVI, quando Pero Vaz de Caminha registrou em uma carta suas impressões sobre a terra ainda desconhecida aos europeus, até meados da década de 1920, com o marco da Semana de Arte Moderna em São Paulo.

Entre as páginas, é possível encontrar fatos inusitados sobre Gregório de Matos, José de Alencar, Álvares de Azevedo e outros.

A partir das narrativas, o pesquisador revela quem eram os autores “da porta de casa para dentro” e, sem fazer juízos de valor sobre o que é certo ou errado, desmitifica o aspecto de divindade atrelado à imagem de figuras célebres.

No texto, temas sensíveis e atuais são abordados, como feminicídio, racismo, preconceitos sociais e corrupção política.

Carlos explica:

“Várias são as referências, os exemplos de homens e mulheres que viraram sinônimo de tenacidade, criação, talento e coragem. Mas essas pessoas não são estátuas, elas são humanas, de carne e osso, com erros e acertos. Por trás desses cânones, havia pessoas de chinelo nos pés, que espirravam, transpiravam suor azedo, tinham preconceitos, sentiam frio, medo, ciúmes e raiva”.

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