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Grupo Trem Tan Tan realiza bate-papo com músico e psicóloga

Iniciativa com participações de Tom Nascimento e Mercedes Merry Brito acontece no Centro Cultural Venda Nova e no Centro de Convivência do Barreiro.

Crédito: Babilak Bah

Com uma variada programação cultural para o público, o Trem Tan Tan, por meio do projeto Trem Tan Tan Convida: a Loucura em Cena, ocupa duas regionais de Belo Horizonte nesta semana.

É que nesta quinta-feira, 25 de maio, a partir das 14h, a iniciativa chega ao Centro Cultural de Venda Nova (Rua José Ferreira dos Santos, 184 – Jardim dos Comerciários), com o Tom Nascimento e o tema Um diálogo sonoro com Tom Nascimento, sobre o som das áfricas, música e ancestralidade.

Já no dia 26, sexta-feira, às 15h, o Centro de Convivência do Barreiro (Rua Pinheiro Chagas, 252 – Santa Helena) recebe a psicóloga Mercedes Merry Brito, autora dos livros Maternidade e Suas Vicissitudes na PsicoseLoucos Pela Rua: Escolha ou Contigência – Um Estudo de Ciências Sociais e Psicanálise, que, no encontro, traz o mote, A loucura no horizonte da cidade, onde o diálogo é atravessado pela trajetória do coletivo.

Com entrada gratuita, a iniciativa é viabilizada pelo Edital Descentra 2022 – Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

O multiartista Babilak Bak, que é o idealizador do projeto, fala sobre a importância da iniciativa.

“O Trem Tan Tan Convida: a Loucura em Cena consiste em realizar o encontro e diálogos com personalidades do universo artístico, estudiosos da cultura, produtores culturais e militantes da política antimanicomial, numa apresentação dialógica entre a loucura e a razão, a loucura e a arte. Ou seja, na perspectiva de estabelecer uma reflexão e um híbrido diálogo para favorecer a expansão da percepção social e a troca de saberes da comunidade artística. Além disso, o aprimoramento do coletivo de compositores, portadores de sofrimento psíquico em seu aspecto técnico, cultural e político”, explica o produtor.

Segundo idealizador do projeto, cada encontro será marcado pela hibridez entre a música e a fala.

“Seremos permeados por uma discussão descontraída, espontânea, impulsionada pela batida do samba ou sonoridades, apontando temas duros e questionamentos da vida do louco, interagindo com temas necessários e urgentes da atual conjuntura política e cultural do país. Assim, tudo ilustrado pelas canções e a performance do coletivo Trem Tan Tan e seus compositores, numa mistura de sentidos, questões sociais e problematização, onde a loucura e a razão serão protagonistas de um diálogo inusitado e inesperado. Desta maneira, o Trem Tan Tan convida, para a loucura encenar suas questões em diálogo com as diversas vozes da cidade”, conclui Babilak Bak.

Discussões importantes

O projeto iniciou-se com o historiador Markim Cardoso abordando loucura, cidade e juventude no Centro de Referência da Juventude (CRJ), agora o projeto segue com duas importantes discussões com o artista em atividade Tom Nascimento, trazendo a temática da música, ancestralidade e África.

Já no dia 26 de maio, a psicóloga e militante do movimento antimanicomial, Mercedes Merry Brito, amplia a reflexão abordando a população de rua e loucura. Além das ações presenciais num híbrido entre música e fala, para encerrar a iniciativa com chave de ouro, será realizada uma live com um nome relevante da luta antimanicomial do Brasil; Paulo Amarante junto à produtora Tatiana Cavinato com o tema Desafios da Cultura para Além dos Portões dos Dispositivos Antimanicomiais, reunindo os dois pensadores, sendo, um da área da saúde mental e o outro vinculado ao campo da cultura.

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