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Entrevista: Vanderlei Sadrack revela missão no Brasil

Todo super-herói tem uma missão e o criador da franquia Os Dragões do Futuro e CEO da Editora Kimera revela agora a sua em relação à cultura nacional.

Foto do CEO da Editora Kimera e entrevistado Vanderlei Sadrack

Vanderlei Sadrack que nasceu e foi criado no Rio de Janeiro, começou a desenhar quando ainda usava fraldas.

Primeiro foram as paredes do quarto, que conforme dizia sua mãe, parecia até uma pintura rupestre.

Dali em diante ele nunca mais parou de desenhar e criar mundos.

Designer gráfico há mais de 20 anos, já trabalhou para inúmeras editoras, gráficas e agências, mas foi a sua paixão pelas histórias em quadrinhos e desenhos animados que o motivam até hoje.

Fã de Star Trek e X-Men, o designer gráfico decidiu criar sua própria franquia, Os Dragões do Futuro,agentes do século XXV que tinham a missão de viajar no tempo, para tentar controlarem catástrofes naturais, para preservar a vida humana na terra.

Vanderlei ainda é empresário do setor de livros e editor-chefe da editora niteroiense Kimera e inaugurou em 2015 o selo Kimera Quadrinhos, conhecida por muitos fãs como “a Marvel brasileira”.

Neste selo ele já editou e publicou vários títulos de sucesso como: ALFA – A primeira Ordem, Lagarto Negro, Capitão R.E.D, Bombeiro Mascarado, Dragões do Futuro, Wadson Nocaute, LuchTime!, Tobias e o Frango de dentadura, Chiclete, Avenida Cartum, Meu Monarca Favorito e Dogmons.

E agora ele nos conta tudo sobre sua missão cultural, suas estratégias editoriais, influências e muito mais.

Victor Hugo Cavalcante: Primeiro, é um prazer poder recebê-lo no Folk, e gostaria de começar perguntando: Como surgiu a ideia de criar a Editora Kimera e qual é a sua missão principal?

Vanderlei Sadrack: Surgiu do desejo de publicar quadrinhos de Super-heróis, para mostrar para o mundo que não somos só futebol, carnaval e Amazônia.

Quanto a nossa missão, é fomentar ao máximo a cultura brasileira através da arte e literatura.

Victor Hugo Cavalcante: Qual é a estratégia da Kimera para destacar e promover autores independentes no mercado editorial?

Isso é segredo que guardamos a quatro chaves, mas vamos abrir uma exceção aqui para vocês do Folk… (Risos)

Sermos verdadeiros e autênticos criando assim um vínculo com nosso público.

Victor Hugo Cavalcante: Como a divisão Kimera Quadrinhos se diferencia das outras editoras de quadrinhos no Brasil?

Na seleção de títulos para nosso catálogo, onde avaliamos dezenas de originais por mês, e selecionamos focados na qualidade artística e relevância cultural.

Victor Hugo Cavalcante: Quais foram suas principais influências no mundo dos quadrinhos e como elas moldaram sua trajetória como desenhista da franquia Os Dragões do Futuro?

Foram muitas, mas Maurício de Souza, Osamu Tezuka e Stan Lee foram meus mestres.

E como desenhista dos Dragões do Futuro: Jim Lee, Mark Silvestre e Rob Liefeld os fundadores da editora Image Comics nos EUA.

Victor Hugo Cavalcante: Poderia compartilhar conosco o processo criativo por trás da sua franquia Os Dragões do Futuro e o que o inspirou a criar esse universo?

Ser um grande fã da franquia Star Trek e do universo dos X-Men foi imprescindível.

Ser um apaixonado pela vida, também me fez acordar para a questão ambiental, afinal se não cuidarmos deste nosso planeta onde iremos morar?

Victor Hugo Cavalcante: Como é conciliar sua carreira como designer gráfico com sua paixão por criar histórias em quadrinhos? Quais são os desafios e as recompensas desse equilíbrio?

Não é fácil! (Risos)

Mas amo fazer o que faço todos os dias.

Os desafios são atender as expectativas do nosso público e conquistar mais o mercado.

Já as recompensas…

Basta o sorriso ou o abraço de uma criança (isso é revigorante) quando descobrem que no Brasil também temos nossos próprios super-heróis e personagens infantis.

Victor Hugo Cavalcante: Qual foi o tema principal da sua palestra A Explosão dos Quadrinhos BR na exposição Do Gibi aos Quadrinhos – Os Super-Heróis Brasileiros?

Mostrar a união e a diversidade dos produtores de quadrinhos no Brasil.

E também instigar e incentivar uma nova geração de personagens brasileiros para o futuro.

Victor Hugo Cavalcante: Como você vê o papel das exposições e eventos culturais na promoção e valorização dos quadrinhos brasileiros?

Uma das mais importantes iniciativas que acabamos de conquistar.

Levar a cultura nacional onde o povo está é um grande passo para os Quadrinhos BR.

Victor Hugo Cavalcante: Quais foram os principais insights ou feedbacks que você recebeu após sua participação na exposição como palestrante?

Que estamos no caminho certo e que vale muito continuar lutando para termos a mesma oportunidade de vermos o povo brasileiro com orgulho de suas histórias e de seus personagens únicos e com cara de Brasil!

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