Written by 07:26 Cultura, Entrevista, Vídeos na internet Views: 6

Entrevista: Tata Amaral descobre mulheres no audiovisual

A cineasta paulista revela tudo sobre o projeto audiovisual Como Elas Fazem que investiga o processo criativo de outras mulheres do audiovisual brasileiro.

Foto da cineasta e entrevistada Tata Amaral.

A premiada cineasta paulista Tata Amaral estreou no dia 21 de fevereiro a série de entrevistas Como Elas Fazem, que investiga o processo criativo de cineastas brasileiras pelo canal da Tangerina Entretenimento no YouTube.

Acessível gratuitamente, a produção disponibiliza novos episódios todas as quartas-feiras, a partir das 19h00.

No total, a produção contará com oito episódios que abordam o universo da realização audiovisual através da metodologia de trabalho das cineastas Caru Alves de Souza, Joyce Prado, Helena Ignez, Juh Almeida, Dainara Toffoli, Olinda Tupinambá, Eliana Fonseca e Natara Ney.

E agora foi a nossa vez de perguntar: Como ela faz?

Descubra a resposta para esta (e outras) pergunta nesta entrevista com a cineasta e criadora do projeto de entrevistas Como Elas Fazem, Tata Amaral.

Victor Hugo Cavalcante: Primeiro é um prazer recebê-la no Jornal Folk, e gostaria de começar com a seguinte pergunta: Como surgiu a ideia de criar a série de entrevistas Como Elas Fazem e qual foi a sua motivação por trás desse projeto?

Tata Amaral: O prazer é todo meu! Sempre tive curiosidade em saber como minhas colegas e colegas trabalham e, no curto período em que dei aulas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, e em outras palestras, percebi que não há bibliografia contendo processos criativos e metodologia de trabalho da direção.

Por esta razão, iniciei uma série de entrevistas realizadas e gravadas no SESC Vila Mariana, em São Paulo.

Estas entrevistas estavam focadas na realização no cinema.

Agora fiquei motivada em descobrir as singularidades das minhas colegas realizadoras que atuam em diversas áreas do audiovisual.

Victor Hugo Cavalcante: Qual é o principal objetivo que você espera alcançar com essa série de entrevistas, tanto para o público quanto para as próprias realizadoras audiovisuais?

Quero contribuir para a divulgação do ofício da direção no audiovisual, compartilhar conhecimento, inspirar novos realizadores e atender à curiosidade daqueles que gostam de saber o que acontece antes, durante e depois do set de filmagens.

A troca com cineastas foi muito nutritiva para mim e acho que será para o público também.

Acho que todas as realizadoras entrevistadas partilham destes objetivos.

Victor Hugo Cavalcante: No contexto atual do cenário audiovisual brasileiro, como você vê o papel das mulheres enquanto realizadoras e como essa série pode contribuir para ampliar o conhecimento sobre o trabalho delas?

Acho que nós mulheres estamos nos colocando como força criativa do audiovisual, e isto sempre fomos.

Acho urgente que, cada vez mais, contemos nossas histórias sob nosso ponto de vista, com nossos conteúdos e formatos.

O audiovisual brasileiro quer e deve representar a riqueza regional, de gênero e raça da qual é constituída nossa sociedade.

Victor Hugo Cavalcante: Além de oferecer um olhar sobre o processo criativo das realizadoras, você acredita que essa série também pode contribuir para promover a igualdade de gênero e a representatividade no meio audiovisual? De que maneira?

Sem dúvida, quando assistimos mulheres tão potentes falarem sobre sua experiência criativa, somos inspiradas e inspirados por elas.

Representatividade e referências têm sempre papel importante no surgimento de novos talentos.

Victor Hugo Cavalcante: Além do YouTube, existem planos para disponibilizar a série Como Elas Fazem em outras plataformas ou mídias, visando alcançar um público mais amplo ou até mesmo preservar esse registro para futuras gerações?

Estamos procurando diversas plataformas, inclusive educativas, universitárias, por exemplo, para divulgar estas entrevistas.

Muito obrigada pelo espaço.

(Visited 6 times, 1 visits today)
Close
Pular para o conteúdo