Dois longas premiados e concorrentes ao Oscar entram em cartaz no Brasil nesta quinta-feira, 7 de março: 20 Dias em Mariupol, dirigido por Mstyslav Chernov, e As 4 Filhas de Olfa, com direção de Kaouther Ben Hania (O Homem que Vendeu Sua Pele).
A distribuição dos filmes, que disputam no próximo domingo, dia 10, o prêmio da Academia para melhor documentário em longa-metragem, é da Synapse Distribution.
Vencedor do Festival de Sundance e, recentemente, do Critics’ Choice Documentary Awards e do BAFTA Awards, 20 Dias em Mariupol acompanha um grupo de jornalistas ucranianos que registram a invasão russa na cidade ucraniana de Mariupol, no início do conflito entre os dois países.
Sem saída, a equipe passa por desastres em alta escala, como o bombardeamento de um hospital-maternidade.
No Rotten Tomatoes, o longa tem 100% de aprovação da crítica.
Assista ao trailer legendado abaixo:
Cineasta e fotojornalista vencedor do prêmio Pulitzer pelo trabalho de cobertura do ataque retratado no filme, Mstyslav Chernov já cobriu conflitos no Iraque, Afeganistão e em Kiev, capital da Ucrânia.
Para compor o documentário, ele e seus companheiros de equipe, correspondentes da The Associated Press, também produtora do longa, estiveram presentes desde o início da invasão russa, do primeiro bombardeio ao corte de água, de suprimentos e das torres de sinal. Também foram os últimos jornalistas a permanecer na cidade.
Enquanto filmavam a situação local, fugiam dos soldados russos para não serem capturados.
Em As 4 Filhas de Olfa, filme vencedor do Olho de Ouro em Cannes, do francês Prêmio César e do Spirit Awards (o Oscar independente), a diretora Kaouther Ben Hania convida o público a conhecer a vida de Olfa, uma mulher tunisiana que teve quatro filhas.
As duas mais velhas desapareceram e, para contar sua história, Kaouther escalou duas atrizes que passaram a viver com Olfa por um tempo.
O longa tem 95% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes.
Assista ao trailer legendado abaixo:
Segundo a cineasta, a ideia para o documentário surgiu em 2016, quando estava terminando outro projeto.
A história de Olfa, que circulava na mídia na época, a intrigou e a emocionou.
Logo, entrou em contato para convencê-la a participar de um documentário sobre sua vida.
O projeto, no entanto, sofreu dificuldades e quase não foi finalizado.
Nas primeiras filmagens, que ocorreram apenas com Olfa e suas duas filhas mais jovens, Kaouther percebeu que não estava capturando um momento genuíno da história daquela família.
Ela, então, pausou o projeto e o retornou anos depois com três atrizes, Nour Karoui, Ichraq Matar e Hend Sabri, para interpretar as filhas desaparecidas e a própria Olfa, respectivamente.