A coqueluche, uma doença respiratória altamente contagiosa, voltou a ser motivo de preocupação para as autoridades de saúde.
A Dr.ᵃ Fabrizia Tavares, professora da Universidade Tiradentes (UNIT), alerta para o aumento de casos e a importância da vacinação e medidas de higiene para prevenir a doença.
Essa doença, também conhecida como Pertussis, causada pela bactéria Bordetella pertussis, ataca o trato respiratório.
A transmissão ocorre por meio de gotículas respiratórias expelidas por tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
Os sintomas variam conforme a idade e o estado imunológico do paciente.
Em adultos, podem ser leves, incluindo tosse seca, febre baixa, coriza e mal-estar geral.
Em casos mais graves, a tosse se torna intensa e persistente, podendo gerar sons agudos, vômitos, cansaço extremo e dificuldade para respirar.
As autoridades de saúde estão intensificando as campanhas de vacinação e conscientização sobre a coqueluche.
A colaboração da população é fundamental para conter o surto da doença.
“A coqueluche pode ser grave, especialmente em bebês menores de um ano, podendo levar à pneumonia, convulsões e até mesmo à morte”, alerta a Dr.ᵃ Fabrizia Tavares.
“É fundamental que a população esteja ciente dos sintomas, busque atendimento médico em caso de suspeita e mantenha a vacinação em dia”.
Prevenção e tratamento
A vacinação é a principal forma de prevenção contra a coqueluche.
A vacina DTPa (difteria, tétano e coqueluche) é recomendada para crianças e adultos, especialmente aqueles que têm contato com bebês.
O tratamento da coqueluche é feito com antibióticos, além de cuidados de suporte como hidratação e oxigênio, quando necessário.
O isolamento da pessoa infectada também é crucial para evitar a transmissão da doença.
Medidas de controle
Além da vacinação, outras medidas importantes para prevenir a coqueluche incluem:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão;
- Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
- Evitar contato com pessoas doentes;
- Manter os ambientes ventilados.
Doenças reemergentes
Doenças como febre-amarela, dengue, chikungunya e zika também estão reemergindo em algumas regiões do Brasil.
O monitoramento constante e a adoção de medidas de controle são essenciais para prevenir a proliferação dessas doenças.
A Dr.ᵃ Fabrizia Tavares também alerta para o risco de ressurgimento de outras doenças, como sarampo e poliomielite, devido à baixa cobertura vacinal e à hesitação vacinal.
“É fundamental que a população se vacine conforme o calendário vacinal e busque informações confiáveis sobre as doenças”, reforça a médica.