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Alimentação pode influenciar no estado emotivo

Nutricionista e consultora da Jasmine, referência em alimentação saudável, explica que a resposta para mau-humor ou falta de ânimo pode estar na alimentação.

Com o estilo de vida acelerado, é comum surgirem sintomas consequentes do estresse, como, por exemplo, a irritação, que pode prejudicar a qualidade de vida profundamente.

Sabendo que corpo e mente estão conectados, as emoções desempenham um papel decisivo para uma vida plena.

Por sua vez, quando desreguladas, a tendência é que surja a irritabilidade, a tristeza, o desânimo ou até sinais físicos como dores musculares.

Existe uma série de fatores que podem contribuir para o bom ou mau-humor, dentre eles, o ambiente externo, a predisposição genética, o estilo de vida e a alimentação, um dos pilares mais importantes para uma vida equilibrada.

Ciente disso, Jasmine aproveita o Dia do Mau Humor (13) para explicar sobre a relação entre os alimentos e as emoções, e traz, ainda, cinco dicas para aumentar a sensação de felicidade e bem-estar no dia a dia.

Entenda a conexão “intestino-cérebro”

A nutricionista e consultora da Jasmine, Adriana Zanardo, destaca que o corpo humano precisa de muitos nutrientes para o funcionamento adequado, tanto em relação à variedade, como também à quantidade.

“Os padrões alimentares influenciam a atividade do intestino e do sistema nervoso central por meio de compostos dietéticos, como vitaminas, minerais, gorduras boas e compostos bioativos. Por isso, é importante prestar atenção aos ingredientes consumidos.”, explica.

Os estudos científicos mostram que um padrão alimentar com maior predominância de gordura saturada e açúcar, e com baixas quantidades de fibras pode influenciar negativamente a chamada “microbiota intestinal”, que se relaciona com o cérebro, influenciando o humor.

A nutricionista esclarece ainda que “existe um eixo chamado ‘intestino-cérebro’, onde, conforme a quantidade e qualidade da dieta, são produzidos e liberados pela microbiota variados tipos de substâncias que se comunicam com o cérebro, influenciando na capacidade cognitiva e no humor.”.

Dessa forma, podemos considerar que o bom funcionamento do cérebro, e, consequentemente, a regulação do humor, depende, parcialmente, da alimentação diária.

“Vale destacar que o excesso de calorias, principalmente vazias (ou seja, presente em produtos ultraprocessados que não oferecem nutrientes), pode prejudicar a capacidade cognitiva e o funcionamento dos neurônios. Da mesma forma, a ingestão de calorias muito abaixo do recomendado também pode ser negativa, aumentando o risco de deficiência de nutrientes relevantes para a saúde.”, orienta.

A sensação de felicidade começa pela escolha do cardápio, por isso a nutricionista aponta algumas dicas:

Um cardápio completo e rico em nutrientes conta com a predominância de alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais como aveia e quinoa, leguminosas como feijão, lentilha e grão-de-bico, e oleaginosas, como gergelim, semente de girassol e semente de abóbora.

Linhaçachia e oleaginosas, como castanha de caju e castanha-do-pará, são alimentos enriquecidos com ômega-3.

Esse nutriente possui ação anti-inflamatória e antioxidante, contribuindo para os processos de aprendizado, memória, humor e sensação de bem-estar.

Os estudos científicos destacam ainda que o consumo diário desses itens pode cooperar com a saúde mental.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas, com índice de 9,3% da população.

Assim, é de extrema importância conhecer mais sobre os benefícios da alimentação saudável como um método de cuidado preventivo para depressão, ansiedade, Transtorno do Déficit de Atenção, Hiperatividade (TDAH), Doença de Alzheimer (DA) e outras condições.

Mas atenção: a falta de nutrientes e vitaminas específicas também pode comprometer o desenvolvimento cognitivo e a saúde mental, podendo levar a um quadro depressivo, por exemplo.

Quando o organismo sente a falta de um nutriente essencial, como o folato, conhecido popularmente como vitamina B9, pode surgir o impacto negativo na capacidade individual de aprendizagem e memorização.

Por sua vez, esse mesmo componente, em conjunto com outras vitaminas, como B6 e B12, apresenta excelente atividade antioxidante e anti-inflamatória, impactando, positivamente, no funcionamento do cérebro.

As vitaminas B6 e B9 são encontradas em vegetais verdes escuros como brócolis e espinafre, cereais integrais (aveia, quinoa), oleaginosas (castanhas e sementes) e alimentos de origem animal (ovo, peixe, etc.).

Já a vitamina E, está presente principalmente em oleaginosas (castanhas e sementes).

Adeus, mau-humor: confira as dicas da nutri

Após entender um pouco mais sobre as conexões entre corpo e mente, e o impacto da alimentação saudável, confira cinco dicas práticas para viver com mais equilíbrio e felicidade.

  1. Durma por, no mínimo, sete horas seguidas (pensando em quantidade e qualidade de sono);
  2. Pratique atividade física por, pelo menos, três vezes na semana;
  3. Hidrate-se bem (calcule 35 ml de água por cada quilo para chegar à quantidade diária de água recomendada para adultos saudáveis);
  4. Invista em boas relações pessoais e sociais sem se esquecer de fazer atividades que lhe causem prazer, como ouvir música, ler um livro, assistir uma série nova, entre outras;
  5. Mantenha contato com a natureza, mesmo que por poucos minutos, pois atividades como tomar sol e pisar na grama são satisfatórias e fazem bem à saúde.
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