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Plataforma Conjunta realiza curadoria de boas práticas para fortalecer OSCs

Instituto ACP, Instituto humanize, GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas) e outras 25 organizações do setor propõem acesso a conhecimento e construção de redes para potencializar impacto de OSCs e a participação social,

Para assegurar que as organizações da sociedade civil estejam fortalecidas para exercerem suas missões, o Instituto ACP, o Instituto humanize e o GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), em colaboração com outras 25 organizações do setor, lançarão a Plataforma Conjunta no dia 13 de abril, às 18h, no Congresso GIFE, em São Paulo (SP).

A iniciativa colaborativa irá disseminar conhecimento, ferramentas, boas práticas de gestão, formações, construção de redes e oportunidades de acesso a recursos para promover o desenvolvimento e fortalecer a missão das organizações, potencializando sua atuação. 

As organizações da sociedade civil (OSCs) atuam em prol de interesses coletivos e são, ao mesmo tempo, parceiras e fiscalizadoras do Estado na implementação de políticas públicas.

Engajadas em causas socioambientais e calcadas na defesa dos direitos humanos, as OSCs também combatem desigualdades, pressionam autoridades, atuam na promoção de políticas públicas, colaboram para a produção de conhecimentos, promovem debates e conscientizam a sociedade sobre a importância do desenvolvimento social.

Inúmeros atores integram o ecossistema do setor social e trabalham de forma colaborativa para reduzir as desigualdades e promover a justiça socioambiental.

As pautas são cada vez mais urgentes: fome, pobreza, violência, educação, saúde, habitação, trabalho digno, questões de gênero, raciais, desmatamento, entre outras. 

“Investir no desenvolvimento institucional das organizações da sociedade civil está no DNA do Instituto ACP. Acreditamos profundamente que é necessário desenvolver o campo de uma maneira mais ampla e com esse olhar institucional para que o setor tenha muito mais poder de gerar impacto. Sabemos a importância do terceiro setor dentro do contexto brasileiro e entendemos que o setor fortalecido ajudará a promover um Brasil mais equilibrado e mais justo. Precisamos de recursos, conhecimento e a plataforma serve como um vetor disso enquanto oferece conteúdos em um universo de escala para centenas e talvez milhares de organizações”, pontua Rodrigo Pipponzi, cofundador e presidente do conselho do Instituto ACP.

A Conjunta mapeará, organizará e disseminará as melhores práticas de gestão do terceiro setor em termos de produção de conteúdos, experiências de aprendizagem e oferta de recursos que tenham como foco o desenvolvimento institucional das OSCs.

Para isso, criou editorias como Comunicação, Gestão Financeira, Desenvolvimento Institucional, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Captação de Recursos, Monitoramento e Avaliação, Planejamento, Gestão Jurídica, Governança e Inclusão e Diversidade

Outro diferencial da Plataforma Conjunta é a aposta em diferentes formatos como cursos, relatórios, conteúdos práticos, estudos de caso, podcast, publicações, vídeos, artigos, posts, eventos, pesquisas, modelos de documento, guias e-book, infográficos e ferramentas.

Os conteúdos também são divididos por níveis de conhecimento, iniciante, intermediário e avançado, para alcançar um público amplo e apresentar informações de maneira acessível. 

Além disso, a plataforma busca estimular a ação colaborativa e soluções para o setor.

O caráter cooperativo está presente também na interação entre a Conjunta e o público.

Qualquer usuário da plataforma pode indicar conteúdos, consultorias e iniciativas para organizações da sociedade civil, desde que estejam conforme a política editorial do site.

“O Instituto humanize acredita que organizações resilientes, que trabalham em rede, são essenciais para pautar transformações sociais sistêmicas e efetivas. Por isso, há uma aposta no desenvolvimento institucional de OSCs para contribuir com uma sociedade civil mais potente e transformadora. O humanize também acredita ser essencial fomentar uma mobilização direcionada a somar esforços em torno dessa pauta, de modo a escalar seu potencial de impacto. A Conjunta é um exemplo desta crença, não só pela sua contribuição com a disseminação de conhecimento, ferramentas e oportunidades de apoio ao desenvolvimento institucional de OSCs, mas também pelo importante papel da plataforma na promoção e alavancagem da pauta no terceiro setor”, esclarece Michele Rocha, gerente de Operações e Desenvolvimento de OSCs do Instituto humanize.

“Ainda se destaca o seu caráter colaborativo, que reúne esforços e perspectivas de diferentes atores e busca otimizar os recursos (financeiros e não-financeiros) disponíveis no campo, fomentando uma coalizão capaz de gerar maior incidência e visibilidade sobre a relevância de se apoiar o aprimoramento das atividades-meio das organizações sociais”, acrescenta.

Fortalecimento do sistema democrático

As OSCs são vitais para a efetivação e o fortalecimento dos princípios democráticos, já que possibilitam a participação social com o intuito de reduzir desigualdades e buscar soluções para construção de uma sociedade mais justa para todos.

Por isso, o terceiro setor é estratégico para qualquer sociedade preocupada com o desenvolvimento social e comprometida em consolidar valores e deveres democráticos e pluralistas.

“O terceiro setor tem um papel muito importante na preservação dos direitos, do equilíbrio econômico, social e ambiental com missões muito claras. As OSCs têm muita capacidade de realizar parcerias, seja com o poder público ou com a iniciativa privada, para promover essas agendas que são fundamentais para a democracia. Há exemplos de organizações que trabalham pela transparência de dados, pela segurança pública, pela justiça social, contra o desmatamento; todos esses são princípios básicos de funcionamento da democracia que precisam ser preservados. O terceiro setor preserva os direitos humanos através de sua missão e conecta atores para garantir isso”, esclarece Pipponzi.

Com o início do novo governo, que propõe maior abertura ao diálogo, a retomada de espaços formais de participação e a ampliação e fortalecimento da agenda social, as expectativas para os próximos anos é que as organizações da sociedade civil tenham mais protagonismo e relevância na construção de políticas públicas, o que torna ainda mais importante pensar o desenvolvimento institucional dessas organizações.

“Nos últimos anos, vivenciamos um aprofundamento das desigualdades, das crises socioambientais e vimos nossa democracia constantemente em risco. Hoje, há uma expectativa de fortalecimento da democracia brasileira, tanto do ponto de vista de seu sistema político e eleitoral, como da promoção da agenda de direitos. Em ambos os casos, não há dúvidas de que as organizações da sociedade civil terão um papel fundamental nisso”, afirma Cassio França, secretário-geral do GIFE

Além do Instituto ACP, do Instituto humanize e do GIFE, que formam o Comitê Gestor da Plataforma Conjunta, a iniciativa conta com o suporte de 25 organizações do setor, integrantes do Comitê Consultivo Colaborativo.

São organizações experientes que voluntariamente compartilham seus conhecimentos sobre temáticas de desenvolvimento institucional de OSCs para a construção da plataforma:

Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR); Associação Brasileira de ONGs (Abong); FICAS; Fundação André e Lucia Maggi; Fundação Behring; Fundação FEAC; Fundação José Luiz Egydio Setúbal; Fundação Oak; Fundação Salvador Arena; Fundação Tide Setubal; Fundação Agbara; IDIS; Imaflora; Iniciativa PIPA; Instituto Clima e Sociedade; Instituto Ibirapitanga; Instituto Órizon; Instituto Phi; Instituto Unibanco; Observatório da Branquitude; Pacto Organizações Regenerativas; Phomenta; ponteAponte; Somos Um e Synergos.9

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