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Artigo: Crescimento rápido exige lidar com o caos certo*

Giovanna Gregori Pinto explora como diferenciar o caos que impulsiona o crescimento daquele que paralisa equipes e revela a importância do RH na direção certa.

Foto da autora do artigo.

*O título deste artigo foi adaptado para fins de SEO.

Sem caos não há inovação: o desafio de crescer sem perder o rumo

Escrito por Giovanna Gregori Pinto, executiva de RH e fundadora da People Leap. Crédito da foto principal: Divulgação.

Muitas empresas e startups podem achar que crescer rápido é sinônimo de desordem, até perceberem que existe o caos que impulsiona e o caos que paralisa.

Vivi isso na prática, acompanhando organizações em ritmo acelerado e liderando times de gente e gestão em momentos em que tudo parecia urgente, mas poucas coisas eram realmente importantes.

Com o tempo, entendi que o cenário caótico faz parte da construção das melhores companhias, e que muitos founders até se alimentam dessa adrenalina de resolver, decidir e puxar o time para frente.

O problema é que poucos percebem que esse caos pode ser tão poderoso quanto nocivo, porque, assim como um remédio, a diferença entre cura e veneno está sempre na dose.

É isso que define se a empresa está avançando ou apenas girando em círculos.

Aprendi a identificar esse limite quando percebi que, sempre que um negócio está muito organizado, ele provavelmente está andando lento demais. Startups e empresas de alto crescimento nunca vão operar em linha reta.

A demanda aumenta, novas oportunidades surgem, problemas aparecem em volume, e isso é natural.

Esse é o caos bom: aquele movimento constante que te puxa para frente, que desafia, que exige novas estruturas, novos processos e novas conversas. Ele nasce da tração e, por isso, é um ótimo sinal.

O caos ruim, por outro lado, é silencioso até se tornar ensurdecedor.

É quando tudo parece urgente, ninguém sabe por onde começar e as prioridades mudam a cada reunião.

É quando o time resolve o mesmo problema pela terceira ou quarta vez, como se estivesse preso em um looping invisível.

Esse é o momento em que o RH sente o desalinhamento, falta de clareza, líderes sobrecarregados e uma operação que trabalha muito, mas entrega pouco.

Nesse caso, o problema não vem do crescimento, vem da ausência de direção.

Equipes sem um sistema estruturado desperdiçam até 30% do tempo com retrabalho, falta de alinhamento e dificuldade no acesso a informações essenciais.

Além disso, 75% dos projetos falham por não seguirem um planejamento claro, segundo o PMI (Project Management Institute).

Como especialista em RH, passei boa parte da carreira ajudando empresas a distinguir esses dois movimentos.

No caos bom, criamos estrutura sem engessar.

Ajustamos o que precisa ser ajustado, mas não interrompemos o ritmo natural do crescimento.

No caos ruim, o nosso papel é outro.

Trata-se de entender a raiz dos problemas repetidos, reconstruir prioridades e dar clareza (possível) ao time.

Não é sobre colocar ordem em tudo, mas sim dar espaço para que a empresa volte a andar no ritmo certo.

Essa percepção mudou a forma como enxergo o papel do RH em ambientes de alta velocidade.

Trabalhamos ao lado das lideranças para transformar o crescimento em algo sustentável, mesmo quando ele parece desordenado.

E, ao mesmo tempo, somos responsáveis por acender o sinal de alerta quando o caos deixa de ser consequência da expansão e passa a ser consequência da falta de intenção.

Com isso, é necessário destacar que algumas empresas usam o termo “bagunça” como sinônimo desse crescimento caótico e positivo, mas essa não é a realidade, pois a desordem do crescimento intencional não é falta de controle.

Hoje, quando olho para startups e empresas em rápido crescimento, procuro entender a qualidade do caos que elas vivem.

Porque, no fim das contas, a pergunta que realmente importa não é “existe caos?”, mas sim “esse caos está te levando adiante ou te fazendo rodar em círculos?”.

É essa resposta que determina se a organização está apenas ocupada ou verdadeiramente evoluindo.

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