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Saúde conectada exige nova cultura de segurança digital*

Edgard Nienkotter, CEO da Hexa IT, alerta em artigo para os desafios da segurança digital na hiperconectividade dos serviços de saúde.

Foto do autor do artigo.

*O título deste artigo foi adaptado para fins de SEO.

Saúde conectada, riscos controlados: A nova fronteira da segurança digital

Escrito por Edgard Nienkotter, executivo de tecnologia e CEO na Hexa IT.

Vivemos um momento em que hospitais e clínicas, ao integrarem telemetria de dispositivos médicos, plataformas em nuvem e portais de pacientes, elevam seus níveis de eficiência e personalização do cuidado, mas também ampliam dramaticamente a superfície de ataque.

Por isso, qualquer estratégia de segurança deve começar por um diagnóstico preciso da maturidade digital da instituição, avaliando arquiteturas de rede definidas por software, frameworks de identidade e criticidade dos processos clínicos, além de considerar o panorama regulatório.

É preciso arquitetar soluções capazes de validar cada interação, seja entre sistemas eletrônicos de prescrição, equipamentos IoT ou fornecedores externos, garantindo não somente privacidade, mas a autenticidade de cada informação trafegada.

Essa visão integrada, fundamentada em inteligência na prevenção de ameaças e segmentação dinâmica, estabelece as bases para um ecossistema de saúde verdadeiramente resiliente.

A hiperconectividade e a transformação digital acelerada elevam o volume de trocas de informação a patamares inéditos, muitas vezes sem o devido reforço das práticas de segurança.

Em paralelo, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe um tratamento uniforme a informações clínicas e pessoais, exigindo das equipes não apenas controles técnicos, mas também processos de governança capazes de mitigar danos reputacionais em caso de vazamentos.

Esse cenário escancara vulnerabilidades desde o compartilhamento inseguro de credenciais até a falta de um baseline de segurança em estações de trabalho remotas, que não contam com o mesmo rigor das redes internas.

Para contornar essas fragilidades, arquiteturas modernas como SASE (Secure Access Service Edge) e Zero Trust devem substituir o paradigma de perímetro tradicional.

A consolidação de redes e segurança na nuvem asseguram a aplicação uniforme de políticas de acesso, enquanto a verificação contínua de identidades e posturas de dispositivo impede que ataques laterais prosperem após uma eventual brecha.

É fundamental definir um baseline mínimo de segurança em qualquer endpoint, do consultório ao home office, garantindo sustentabilidade de acesso sem sacrificar a performance.

Embora tecnologias avançadas sejam cruciais, sem um monitoramento ativo todo controle pode se tornar cego.

Em saúde, instituições levam semanas, às vezes meses, para detectar invasões.

A implementação de um Security Operation Center (SOC) 24×7, apoiado por soluções de Security Information and Event Management (SIEM) e threat intelligence, aumentam a prevenção e reduzem drasticamente o tempo de detecção e respostas orquestradas.

Playbooks bem desenhados, cobrindo cenários de ransomware, vazamento de dados e negação de serviço, são indispensáveis para ações rápidas e coordenadas entre TI, equipes clínicas e jurídico.

Por fim, nenhum framework sobrevive sem o engajamento humano.

Treinamentos contínuos contra phishing, revisão periódica de privilégios e uma cultura em que líderes de todas as áreas compreendam o valor da segurança são o alicerce para um ambiente verdadeiramente resiliente.

Só assim será possível equilibrar a proteção de informações sensíveis com a necessidade de inovação e eficiência na jornada de transformação digital da saúde.

Mais do autor

Edgard Nienkotter é um executivo de tecnologia com mais de 19 anos de experiência em vendas, operações e segurança da informação, atuando em integradoras multinacionais.

Atualmente ocupa o cargo de CEO na Hexa IT, onde lidera iniciativas de transformação digital, governança de TI e adoção de arquiteturas de cibersegurança para clientes dos mais diversos segmentos.

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