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Como o empreendedorismo impulsiona inclusão de PcD?

Reginaldo Boeira, fundador do KNN Group, aposta no empreendedorismo como motor de autonomia e transformação para pessoas com deficiência.

Imagem ilustrativa de um grupo de profissionais reunidos em uma sala de reunião moderna, discutindo ideias e planejando estratégias de negócios, simbolizando colaboração, empreendedorismo e inclusão no ambiente corporativo.

Recentemente, o Senado deu um passo importante ao aprovar na Comissão de Direitos Humanos (CDH) o Projeto de Lei 1.769/2024, que reconhece o empreendedorismo como medida de apoio às pessoas com deficiência (PcD).

O texto também atualiza a terminologia legal, substituindo expressões defasadas por uma linguagem mais inclusiva e alinhada aos tratados internacionais de direitos humanos. 

Reginaldo Boeira, referência nacional em gestão humanizada, começou a empreender ainda jovem. Crédito: Paulo Hintz/Growth Global.

Para Reginaldo Boeira (foto acima), fundador da KNN Group, essa iniciativa representa mais do que um avanço legislativo, é a valorização de um caminho real para a transformação de vidas.

“Empreender é, antes de tudo, um ato de acreditar em si. Para a pessoa com deficiência, essa escolha representa não só uma chance de gerar renda, mas também de mostrar seu valor, seu talento e sua capacidade de liderar”, afirma.

Com mais de quatro décadas dedicadas ao desenvolvimento de negócios e pessoas, Boeira acredita no empreendedorismo inclusivo.

Para o empresário, essa é uma das ferramentas mais poderosas para a autonomia econômica e o protagonismo social, especialmente quando se trata de públicos historicamente marginalizados, como o das PcD. 

Além do reconhecimento formal ao empreendedorismo PcD, a proposta corrige a linguagem utilizada na legislação, substituindo termos como “portador de deficiência” por “pessoa com deficiência”, em sintonia com o modelo social defendido pela ONU.

Reginaldo Boeira, que sempre preferiu agir com discrição em suas iniciativas, vê com bons olhos a formalização dessas medidas.

Para ele, mais do que uma correção política, trata-se de uma estratégia inteligente para fortalecer o ecossistema empreendedor do país.

“Fico realizado em ver a pauta avançando, o mais importante é que ela chegue a quem realmente precisa. A inclusão produtiva não é assistencialismo, e sim visão de futuro. É dar ferramentas para que todos construam o seu caminho, hoje nosso diretor de edição, responsável pela manutenção e criação de nossos livros, é autista” pontua.

A KNN Group, holding fundada por Boeira que reúne empresas nas áreas de educação, idiomas, construção civil e desenvolvimento humano, já promove ações voltadas à capacitação e à autonomia de públicos diversos.

Essa atuação vem sendo construída com base em um modelo de gestão humanizada, que prioriza o desenvolvimento integral do indivíduo, e que transforma a vida de milhares de colaboradores e empreendedores em todo o Brasil.

Para Reginaldo, o mais importante agora é que essa transformação no papel se traduza em mudanças práticas.

“Empreendedorismo é inclusão na sua forma mais eficiente. E quando isso chega à legislação, significa que o país começa a entender que diversidade também é necessária. Cabe a nós, empresários e líderes, garantir que isso não fique só na teoria”, conclui.

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