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Teatro Guaíra reúne corpos artísticos em espetáculo

Em dezembro todos os corpos artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra irão se juntar pela primeira vez para apresentar O Quebra Nozes.

Foto de integrantes do Teatro Guaíra.

Pela primeira vez, os quatro corpos artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra se reúnem para um espetáculo de fim de ano.

Balé Teatro Guaíra, Escola de Dança Teatro Guaíra, G2 Cia de Dança Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná apresentam O Quebra-Nozes no palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão) entre 14 e 20 de dezembro.

Ao todo são mais de 150 artistas em ação, além de toda a equipe técnica que faz mágica nos bastidores.

A venda de ingressos da terceira montagem de O Quebra-Nozes se iniciou nesta quarta-feira (29).

A peça foi das primeiras montagens do Balé Teatro Guaíra nos anos 80, com a coreografia de Carlos Trincheiras, já nos anos 2000, sob a direção de Carla Reinecke, o Balé se uniu à Orquestra.

As duas foram montagens clássicas e muito marcantes na trajetória do Teatro Guaíra.

“O convite agora é para um espetáculo multilinguagem, um símbolo da retomada da nossa capacidade de público após tantas restrições, a celebração de um ano incrível que nos permitiu tantos encontros nessa casa. É o nosso presente especial de Natal para a cidade e o Estado”, destaca Cleverson Cavalheiro, diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra.

Dirigido por Luiz Fernando Bongiovanni, o espetáculo será uma releitura do clássico de ballet e terá, ainda, características únicas de dança contemporânea, clássica, folclórica, música erudita ao vivo e até uma surpresa vinda do circo.

“Trouxemos o enredo para um contexto mais contemporâneo, com personagens de comportamento bastante atual e, a meu ver, mais próximos. Clara, a protagonista do espetáculo, poderia ser uma adolescente como qualquer outra. Ela tem toda a vida pela frente e um gosto inato para a aventura. Sua madrinha Drosselmeyer, por meio de seu poder de encantamento e fantasia, proporciona-lhe uma série de experiências nas quais ela aprende, em última instância, sobre si mesma. Pode parecer ficção, mas, no fundo, é uma jornada que cada um de nós pode empreender”, afirma Bongiovanni.

A exuberante composição de Tchaikovsky será executada pela Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência do diretor musical e regente titular Roberto Tibiriçá.

A produção ainda conta com convidados ilustres, como Renato Theobaldo na cenografia, Paulinho Maia nos figurinos e Wagner Corrêa na iluminação, além de uma participação especial de Nickolle Abreu e Pedro Mello e Cruz, do Circocan.

Sinopse do espetáculo

Clássico do ballet, O Quebra-Nozes foi escrito por E.T.A. Hoffmann em 1816.

Entretanto, a transformação dessa narrativa em um espetáculo de dança ocorreu décadas depois, a partir de uma versão realizada por Alexandre Dumas, em 17 de dezembro de 1892, no Teatro Mariinsky, localizado em São Petersburgo, Rússia.

A narrativa conta a história da jovem Clara, que durante os festejos da noite de Natal, participa de acontecimentos extraordinários.

Sonho ou realidade?

A aventura é cheia de episódios: uma festa de presentes inusitados e muita magia, uma batalha com um vilão assustador, a passagem pela Floresta Encantada, e um mundo encantador: o Reino dos Doces.

A versão paranaense desse clássico será multilinguagem.

“A concepção dialoga com a linguagem do Balé Teatro Guaíra, que é contemporânea, mas assimila as características da Escola e do G2. Então, teremos algumas cenas em sapatilhas de pontas, com as alunas e um duetos dos bailarinos. O casal de circo que fará um número na lira. A cada cena queremos oferecer uma novidade. Será um banquete para os olhos”, detalha Bongiovanni.

Encontro de gerações

Desde a criação, os ensaios e até chegar ao grande palco, estão lado a lado três gerações na mesma cena: os bailarinos G2, os bailarinos do Balé Teatro Guaíra e os alunos da Escola.

A coordenadora da Escola de Dança Teatro Guaíra cita que a montagem trouxe lembranças à tona.

“Dancei a primeira coreografia que o Luiz Fernando Bongiovanni fez para o Balé e poder estar novamente ao lado dele é incrível. É mágico estar acompanhando esse processo”, destaca Larissa Pansera.

Como ex-bailarinos(as) do Balé Teatro Guaíra, os integrantes do G2 já dançaram a maioria das obras do repertório da companhia criadas até 1999.

“É um engano pensar que após a criação do G2 seus integrantes deixaram O Quebra-Nozes no passado. Pelo contrário, a ligação com ela e tudo o que ela representa é tão forte que chegamos a criar uma versão totalmente original deste conto de fadas: o espetáculo La Cena”, conta Júlio Mota, integrante do grupo.

A ideia de La Cena era apresentar a perspectiva da preparação da festa de Natal na mansão da família Stahlbaum, anfitriões da festa, não a partir do salão de festas e convidados, mas a partir da cozinha e dos empregados da mansão.

Agora os integrantes do G2 voltam a dançar O Quebra-Nozes.

Dessa vez fazendo parte de um grande projeto que envolve pela primeira vez todos os corpos artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra: Escola de Dança Teatro Guaíra, Balé Teatro Guaíra, Orquestra Sinfônica do Paraná e G2 Cia de Dança.

O espetáculo é realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, tendo como instituição beneficiada o Hospital Pequeno Príncipe, o patrocínio da Sanepar, Kuhn, MA Máquinas, All4Labels, Electra Energy, Arotubi e ALT, e a realização da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra, PalcoParaná, Centro Cultural Teatro Guaíra, Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado do Paraná, Ministério da Cultura e Governo Federal: Brasil, união e reconstrução.

Crédito da foto principal: Maringas Maciel

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