De 6 a 11 de novembro de 2023, o 2º Projeto Escola na Cena promoverá uma intensa programação para aproximar jovens espectadores de escolas públicas de São Paulo ao teatro e às artes.
Serão apresentadas nove peças (Coletânea, Chorinho, A Professora, Ubu Rei, Otelo, Antipássaro, Noite de Reis, E Se Fosse com Você? e Lelé Livreto), um seminário de formação de espectadores com três mesas e profissionais de vários países da América Latina, Argentina, Brasil e Peru e trêsoficinas de capacitação de professores e agentes em formação e gestão de públicos.
O objetivo é a formação de jovens espectadores, uma ferramenta indispensável para a democratização do teatro e da cultura.
A realização é da COMMUNE e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, em parceria com a Rede de Teatros e Produtores Independentes de São Paulo, via uma emenda parlamentar da vereadora Cris Monteiro.
Todos os eventos são gratuitos!
O projeto Escola na Cena terá uma diversidade em espetáculos e debates.
Peças adultas, infantis, comédia, drama, poesia, textos de Shakespeare e John Mowat, grandes artistas como Augusto Marin, Elias Andreato, Eliete Cigaarini, Esther Góes, Leo Stefanini, Nilton Bicudo e Wilson Antunes.
E importantes companhias, Duo Teatral, Fuxico de Teatro e Lúdica.
As peças acontecem no Teatro Commune, na Consolação, e no Instituto Euachoumabsurdo, na Cidade Ademar, na Zona Sul.
“Neste projeto, uma das figuras mais importantes é o professor. É ele que acaba fazendo a ponte entre os alunos e o teatro. Por isso, é fundamental capacitar os professores para manejarem bem as ferramentas e técnicas para a formação de público”, diz Augusto Marin, idealizador do projeto.
A abertura será no MIS (Museu da Imagem e do Som), dia 6 de novembro, segunda-feira, das 9h às 13h, com a participação da vereadora Cris Monteiro; Belém Parrilla (Argentina), que integra a equipe de coordenação do Programa de Formação de Espectadores de Buenos Aires; da presença virtual de Sabrina Cassini, gestora cultural, especializada na formação de públicos; da atriz Esther Góes; do ator Augusto Marin; Antônio Carlos de Moraes Sartini, gestor cultural; Niltinho Bicudo, ator e coordenador do Teatro Alfredo Mesquita, André Sturm, diretor do MIS, e representantes das áreas da cultura e educação da cidade e do estado de São Paulo e de entidades, como SESI, SESC, entre outras.
Evento de abertura é aberta ao público e não precisa confirmar presença.
A formação de espectadores é uma ferramenta indispensável para a democratização da cultura, tornando as artes acessíveis às pessoas, porém também aproximando as pessoas dos artistas.
É conhecido que a partir do momento que a arte foi concebida como parte de uma indústria e, por tanto, como uma mercadoria, o artista se distanciou do outro público que não são seus pares culturais.
Quem assiste a um espetáculo observa que se criaram diferentes nichos de consumo de difícil intercâmbio (há público de jazz, de dança contemporânea, de teatro independente, de ballet, etc.), porém dirigidos a uma minoria em espaços decrescentes.
O artista não é artista sem as pessoas, assim como as pessoas não são pessoas sem arte.
“Nesses tempos cada vez mais digitais, é fundamental investir na formação de jovens espectadores para que eles adquiram o gosto pela arte e pelo teatro e se tornem cidadãos mais críticos e participativos”, completa Marin.
A linguagem teatral amplia e potencializa as experiências educativas dos jovens, aproximando-os sensível e conceitualmente das questões do meio em que vivem.
A ideia é estimular estudantes da rede pública a criar gosto pelo teatro, conhecendo a cena independente e vivenciando diferentes linguagens e estéticas nos pequenos e intimistas espaços de rua.
Refletir sobre as estratégias de formação de espectadores e capacitar professores e gestores culturais a trabalhar com a ferramenta da formação de públicos.