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O mês de setembro é lembrado pela prevenção ao suicídio, porém, todas as doenças que atingem a mente devem ser evidenciadas para que a informação chegue à população e ajude na qualidade de vida.
O que pouco se fala é sobre o inconsciente e o papel que este desempenha no dia a dia, seja refletindo nas ações ou sentimentos das pessoas.
O inconsciente ainda é um mistério para a sociedade.
Muito citado, mas pouco compreendido.
São pensamentos, sentimentos, memórias, momentos esquecidos, sonhos, paixões e, as emoções mais profundas que afligem o ser humano.
A explicação mais utilizada para compreender o inconsciente é a figura de um iceberg, em que a parte visível (consciente) é apenas a menor, enquanto o que está submerso (o inconsciente) é consideravelmente maior.
Dessa forma, é quase possível dizer que todo ser humano possui ‘duas mentes’, sendo uma mais racional e consciente de fato, além de uma escondida.
Por essa razão, em inúmeras situações queremos estar bem, mas o nosso desejo não corresponde ao nosso estado interior.
Pelo contrário, começamos a nos sentir mal, parecendo que não temos controle sobre a mente e os pensamentos.
No cotidiano, o inconsciente ainda pode se manifestar através de sonhos, atos falhos, lapsos e outras situações, porém, ainda que ele não se manifeste, ele acompanha todas as atitudes e emoções das pessoas.
Mesmo não sendo perceptível ou visível como a parte submersa do iceberg, ele está lá!
Entre as principais características que cercam o inconsciente, estão:
- Local em que as ideias podem se substituir umas às outras com facilidade;
- É tido como um “cofre” de memórias em que ficam guardados inúmeros episódios da vida do indivíduo.
- A ligação com a realidade é subjetiva e totalmente singular a cada pessoa;
- Atemporalidade, as distinções temporais no inconsciente não existem, necessariamente.
Logo nos primeiros anos de vida, no aprendizado do relacionamento com os pais, as crianças começam a ter os sentidos explorados e o desenvolvimento do consciente.
Ao longo do crescimento e com o passar de acontecimentos importantes que marcam as vidas individuais de cada um e vai marcando com experiências significativas o inconsciente.
A parte mais interessante na psicanálise é que, com o tempo, aprendemos a fazer uma conexão entre os sentimentos e as ações praticadas.
Assim, não só compreendemos muitas coisas sobre o ser humano, como passamos a lidar melhor com o que não gostamos em nós e a explorar mais tudo o que amamos.
Além disso, criamos os nossos limites para não cruzar “linhas” que podem gerar tanto sofrimento e canalizar para mais realizações.
Esse exercício psíquico é fundamental para construir um emocional mais fortalecido, na busca de uma mente saudável, sempre tendo o auxílio de profissionais nessa orientação, visto que exercem um papel importante nesse momento em que temos grande crescimento nos índices de ansiedade, casos de burnout e outras doenças psíquicas na sociedade.
Mais sobre a autora
Graduada em psicologia pela Faculdade de Psicologia da PUC em São Paulo, Fabiana Ratti é psicanalista lacaniana e atende em consultório particular desde 1998.
Fez sua formação de psicanálise pelo Instituto de Psicanálise Lacaniano e, em 2014, concluiu seu mestrado em psicologia clínica pela PUC-SP.
Ao longo dos anos, em paralelo com os estudos, se dedicou à clínica, atendendo e supervisionando instituições do terceiro setor.
Em 2019 formou a Rede de atendimento Psicanalítico Lacaniano — UNBEWUSSTE.
Essa Rede dá suporte a algumas instituições e empresas, atendendo pessoas do Brasil todo, online e presencial.
Fabiana Ratti oferece aulas de Freud e de Lacan vendidas pela plataforma Sympla e tem como diferencial a didática e a simplicidade para falar de conceitos complexos.
A Clínica Psicanalítica Unbewusste está abrindo vagas para Formação de Analista com leituras, supervisões, atendimentos e discussões clínicas.