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Psicóloga explica o que é e como vencer síndrome do degrau quebrado

Muitas mulheres sofrem com a síndrome do degrau quadrado sem ter consciência de que não se trata de algo individual, e sim um desafio a ser enfrentado em conjunto. Mas do que se trata essa síndrome?

De acordo com Monique Stony (foto principal), psicóloga com mais de 15 anos de experiência como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais, escritora do livro Vença a Síndrome do Degrau Quebrado e apoiadora do desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres, a síndrome do degrau quebrado é um problema que impacta diretamente a ascensão profissional das mulheres, porém ele não é um problema exclusivo delas, é de toda a sociedade.

Embora mulheres sejam a maioria entre formadas em universidades no país, elas são minoria em cargos de liderança. Quando se tornam mães, metade delas tem seus sonhos profissionais interrompidos.

“Claramente existe um degrau quebrado na trajetória de ascensão profissional da mulher, mas a quebra de paradigma acontece quando você entende que não precisa escolher entre carreira e maternidade. É possível desempenhar diversos papéis na vida”, explica.

Monique reforça que quando a síndrome do degrau quebrado se apresenta a elas, muitas mulheres acreditam que estão vivendo uma batalha individual, mas não é assim que acontece.

“Todas estão juntas, no mesmo mar revolto, mesmo que a maioria ainda não tenha se dado conta. A diferença é que algumas já sabem lidar com as ondas mais desafiadoras”, avalia.

Para tratar do tema, que considera essencial que seja colocado em debate, a psicóloga está lançando, no próximo mês de maio, o livro Vença a Síndrome do Degrau Quebrado, no qual evidencia que é possível criar o próprio degrau de ascensão, superando os obstáculos. 

Um dos pontos citados por Monique para ajudar as mulheres que estão sofrendo com a síndrome é que é preciso aprender a abdicar do controle.

“Peça ajuda, delegue as atividades que não são prioridades para você”, sugere.

Além disso, ela aconselha que as mulheres vivam um dia de cada vez, focando tanto nos objetivos pessoais quanto nos profissionais.

“Quando focamos no agora, conseguimos enfrentar os desafios no nosso caminho, com o nível de energia e resiliência fundamentais para conciliar maternidade e carreira”.

A psicóloga e executiva também evidencia a importância da sociedade apoiar e das organizações revisarem suas políticas internas para eliminar vieses inconscientes quando tomarem decisões de carreira e promoções de talentos, possibilitando uma abordagem mais inclusiva e com mais empatia às mulheres.

Além disso, é fundamental que a mulher conte com uma rede de apoio materno para conseguir se dedicar à carreira e não ter que abdicar dos sonhos profissionais; e reforça a necessidade de existir corresponsabilidade entre pais no processo de criação e cuidados dos filhos.

“A carga não deve pesar apenas para o lado da mãe. Faça uma revisão de papéis e responsabilidades dentro de casa”, conclui.

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