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Professora fala de luto e relações com avós em obra infantil inclusiva

Em Vovô foi embora, mas deixou muita história, da autora e professora Francine Cruz, uma criança tenta compreender a perda do avô de forma amorosa e singela.

Crédito: Divulgação/Mila Marconcin

A memória afetiva, mesmo após anos, pode contribuir de diferentes maneiras para as vivências no mundo.

Francine Cruz é um exemplo dessa construção de experiências positivas desde a infância: quando era menina, escutava as histórias de seu avô com entusiasmo.

Cresceu e precisou lidar com a perda dele, mas agora o homenageia por meio da carreira como escritora e do livro Vovô foi embora, mas deixou muita história.

Crédito: Divulgação/Débora Bacchi

A obra infantil retrata a visão de uma criança sobre o luto.

Apesar da tristeza, a protagonista se lembra da personalidade do avô e das lembranças que compartilhou com ele.

Ao se recordar de maneira amorosa, percebe os contrastes de geração: o homem preferia viajar de trem, enquanto o mundo gosta de avião; a sociedade tem pressa, mas o parente sempre estava calmo.

“Vovô sorria com a alma,
mirava tudo com calma,
andava devagarinho…
Melhor que o fim, o caminho”

Vovô foi embora, mas deixou muita história, pg. 9

A personagem evoca, ainda, as narrativas eternizadas pelo parente, que buscava valorizar o folclore brasileiro a partir da contação de lendas como a Mula Sem Cabeça, o Saci e o Pedro Malasartes.

Essa relação com a cultura do país é proposta também pelas ilustrações criadas por Débora Bacchi.

Para que Vovô foi embora, mas deixou muita história chegue ao maior número de pessoas, o conteúdo foi pensado de forma inclusiva, considerando a Lei Brasileira de Inclusão.

A fonte ampliada das palavras tem o objetivo de alcançar os mais de seis milhões de brasileiros com baixa visão ou visão subnormal, conforme o IBGE.

Segundo a autora, o livro, que está sendo lançado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, da Prefeitura Municipal de Curitiba, pode ser um auxílio para conversar com crianças sobre o luto.

Ela explica:

“Pela ordem natural da vida, normalmente os avós são os que partem primeiro e são, muitas vezes, o primeiro contato das crianças com essa situação de perda e luto de alguém próximo. Tocar neste assunto com crianças não é uma tarefa simples, porém se faz necessário”.

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