O mercado da beleza, clínicas de estética e consultórios médicos estão mais movimentados do que nunca.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil já realizou 2,3 milhões de procedimentos estéticos apenas em 2023, representando um aumento de 15% em relação ao ano anterior.
Esse crescimento engloba cirurgias plásticas, intervenções minimamente invasivas e tratamentos de pele, com a expectativa de ultrapassar a marca de três milhões de realizações até 2025.
Diversos fatores têm impulsionado esse crescimento na demanda por tratamentos estéticos.
No atual contexto da chamada “era da imagem”, as redes sociais desempenham um papel de destaque, exercendo uma influência significativa sobre a decisão das pessoas de buscar melhorias na aparência.
Paralelamente, a medicina estética está conquistando uma aceitação crescente na sociedade, enquanto avanços tecnológicos e empresas especializadas tornam as intervenções uma realidade acessível para todos.
Nesse cenário, as fintechs estão se destacando como uma alternativa para tornar o acesso a esses serviços mais democrático e reduzir a desigualdade no setor.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Ipsos em 29 países, 90% dos brasileiros não têm condições financeiras para garantir acesso à saúde de qualidade, enquanto 71% concordam que o sistema público de saúde do país (SUS) está sobrecarregado.
Foi pensando nisso que nasceu a Inklo, uma startup mineira de Belo Horizonte lançada em agosto do ano passado para facilitar o crédito a quem pretende realizar procedimentos médicos e odontológicos, cirúrgicos ou não.
Diferentemente dos consórcios tradicionais, que impõem taxas de juros cada vez mais altas, a empresa tem atuado para oferecer soluções financeiras com custos mais baixos e modelos de negócio mais atrativos para atender às necessidades de uma parcela crescente da população.
Igor D’Azevedo, cofundador da Inklo, explica:
“Nosso foco é democratizar o acesso de toda a população a tratamentos médicos de qualidade, sejam eles estéticos, por questões de saúde ou odontológicos. Sabemos que muitas pessoas não têm condições de investir a quantia necessária para realizar determinadas intervenções e queremos auxiliar a diminuir essa desigualdade.”, comentou.
A empresa atua em um segmento estratégico que movimenta bilhões de reais todos os anos e simplifica o processo de obtenção de crédito, integrando todo o processo com clínicas parceiras e oferecendo uma alternativa de pagamento flexível para os pacientes.
Para se ter uma ideia, conforme o Grand View Research, o mercado global de medicina estética foi avaliado em US$ 99,1 bilhões em 2021, e as previsões são otimistas.
Espera-se um crescimento de 14,5% entre 2022 e 2028, chegando a US$ 124,7 bilhões em 2028.
Entre os procedimentos estéticos mais procurados, destacam-se algumas opções amplamente populares.
O Botox, conhecido por suavizar rugas e linhas de expressão, lidera a lista, seguido pelo preenchimento com ácido hialurônico, utilizado para redefinir e rejuvenescer áreas como os lábios e o contorno facial.
Além disso, intervenções cirúrgicas como a mamoplastia, que engloba tanto o aumento quanto a redução dos seios, e a rinoplastia, que visa remodelar o nariz, também figuram entre escolhas frequentes de pacientes em busca de aprimoramentos estéticos.
Normalmente relacionadas com a recuperação do amor-próprio e como a insatisfação com o próprio corpo pode causar consequências para a mente, as cirurgias plásticas atualmente fazem parte de um restrito nicho com alto poder aquisitivo. Isso acontece tanto pelo valor dos procedimentos, o qual é muito elevado, quanto pelos meios de pagamento, que muitas vezes são específicos demais.
“A democratização do acesso aos procedimentos médicos representa um passo importante na busca por tornar a saúde mais acessível. Esse tipo de iniciativa não apenas democratiza os cuidados de saúde estética, mas também reconhece a importância do bem-estar físico e emocional de cada cidadão. Ao tornar os procedimentos mais acessíveis financeiramente, estamos atendendo também às necessidades médicas legítimas, além de levar autoestima e qualidade de vida para uma sociedade mais saudável e confiante”, conclui Igor.