Crédito: Divulgação/Literare Books International
Quantos caminhos percorremos na vida até finalmente chegarmos ao perdão? Quais são os entendimentos necessários, para a maturidade de aceitar o que fizeram de errado conosco? E fizeram mesmo algo errado conosco? Será?
É preciso tempo, muitos tapas na cara e amadurecimento, para a então compreensão do perdão como algo que presenteamos a nós mesmos.
Como podemos afirmar com toda certeza, de que nossos pais cometeram falhas, em relação a nossa criação?
Pais dão o que tem, o que tinham para dar, o que sabiam fazer com amor.
Aquilo, que acreditamos ter nos faltado, nada mais é do que, o que eles também não tiveram, pois não receberam de seus pais e, além de não terem aprendido a agir diferentemente, fizeram o que realmente acreditavam que era o melhor para nós.
Vivemos numa sociedade e dinâmica, onde as pessoas simplesmente repetem e perpetuam os atos de sua ancestralidade por meio de sua descendência, de forma inconsciente e automática.
Cabe a nós, no caminho da evolução, enxergar este fato e agradecer o que foi recebido, ainda que num primeiro olhar, tenha parecido pouco.
A cada geração, se observarmos com atenção, percebemos mudanças de comportamento e quebra de padrões.
E quando somos nós a reclamar sobre algo negativo, temos a oportunidade de sermos os que romperão uma repetição, um hábito.
Por exemplo, se eu sou uma pessoa que ressente a falta de carinho na infância, posso me fazer de vítima e sofrer a vida toda por isso.
Mas, se ao contrário, eu tiver a coragem de ressignificar essa dor, compreendendo que meus pais não me deram carinho, porque também não o receberam de seus pais, eu rompo a conexão com a falta e me torno apta, a quando mãe, ser alguém que saberá dar carinho, curando a mim e as próximas gerações.
Isso pode acontecer em vários aspectos do comportamento como: rejeição, insegurança, agressividade, violência, alcoolismo, negligência, exclusão e tanto mais.
Tudo a que ficamos atentos e enxergamos, nos traz a oportunidade de fazer diferente, melhorando os padrões familiares e curando o que veio antes, abrindo espaço para algo novo, aos que virão depois.
O perdão é um processo de cura, que começa na compreensão de como a própria vida funciona, atuando sobre o comportamento humano de modo geral e segue para a libertação de pesos desnecessários, abrindo espaço para o novo e o positivo.
Quem perdoa seus pais pela falta, permite ser presenteado pela vida, pois o olhar ressignificado permite amor, prosperidade, alegria e paz.
O perdão pode parecer algo feito a outrem, mas é em primeiro lugar uma atitude benéfica a nós mesmos.
O perdão é o primeiro passo para a cura!
Mais sobre a autora
Lucy Mari Tabuti é autora do livro Os 5 fundamentos de reencontro com seu eu (Literare Books International).